segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Funcionamento do Bitcoin

Leitura:
"Chapter 3: Mechanics of Bitcoin" do livro Draft textbook: Bitcoin and Cryptocurrency Technologies

Audiovisual:
Lecture 3 — Mechanics of Bitcoin
Mechanics of Bitcoin: Bitcoin Scripts
How Bitcoin Works Under the Hood

5 comentários:

  1. Acredito que, embora enquanto criptomoeda o bitcoin seja interessantíssimo por si só, o seu maior potencial esteja nas possibilidades encerradas nos scripts. As possibilidades que debatemos em sala, tais como criar transações seguradas através de uma terceira parte mediadora ou criar pagamentos que serão validados apenas com recebimento de mercadoria, são ideias fantásticas - e que podem ser aplicadas até mesmo independente da ideia de uma "criptomoeda".

    Talvez o conceito de criptomoeda tenha mais futuro como um "token", um representador de transações de qualquer espécie, do que simplesmente como uma moeda. Eu creio que essa seja a forma mais tranasformadora (socialmente falando) que as criptomoedas podem assumir. À medida que a sociedade humana passa a ser cada vez mais determinada pelo universo digital, as criptomoedas tem o potencial de ser a forma padrão que as transações de toda espécie entre seres humanos irão tomar.

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    1. Pra mim os scripts tem muito potencial, até uma funcionalidade simples como o multisig tem muitas utilidades, porém esse potencial pode demorar para ser realizado. Atualmente 99% das transações de bitcoins são simples trocas de moedas de um usuário para outro. Como um dos vídeos menciona, muitos dos "nodes" que rodam o protocolo Bitcoin apenas aceitam um certo formato de script. Isso parece limitar um pouco o potencial criativo de quem quer desenvolver soluções com Bitcoin, mas é feito no intuito de reduzir o custo computacional de processar as transações. E a própria linguagem de script do Bitcoin possui comandos limitados, não sendo Turing-completa. Acredito que o Bitcoin no seu estado atual já possui pontos positivos suficientes para ser adotada em muitos mercados, e que deve se tomar cuidado com qualquer novidade a ser adicionada. Qualquer funcionalidade tem que ser muito bem pensada e implementada de modo que continue garantindo a segurança de todos os usuários e que não interfira com o funcionamento das transações básicas que rodam com os comandos já existentes. No entanto, no final das contas, acredito que a evolução tecnológica torna o surgimento de novos modos de utilizar as criptomoedas realmente inevitável.

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  2. O sistema da Bitcoin pode parecer similar a outros serviços de transferências financeiras online existentes, como o PayPal, porém a mecânica por trás de seu funcionamento é totalmente diferente devido a sua natureza descentralizante.

    Acrecito que as moedas virtuais de fato representam uma evolução para o sistema financeiro se
    compararmos com as moedas nacionais e seus sistemas de pagamentos. A maior agilidade no envio das transações, taxas menores que as cobradas pelo sistema bancário convencional e a ausência de fronteiras, são elementos fundamentais que tornam as moedas virtuais um meio de pagamento de custo reduzido e aparente eficiência. Instituições financeiras como bancos centrais e o próprio governo não são necessários para o funcionamento do sistema das moedas virtuais.

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  3. Estava assistindo ao conteúdo audiovisual (How Bitcoin Works Under the Hood), até que um trecho de muito debate me chamou a atenção: o tempo médio para resolução do puzzle são dez minutos. Fui pesquisar sobre o motivo de ter esse tempo de resolução como um dos propósitos do puzzle e encontrei uma resposta (http://bitcoin.stackexchange.com/questions/1863/why-was-the-target-block-time-chosen-to-be-10-minutes) que resume a maior da parte das respostas que encontrei. Dez minutos é apenas um compromisso. Ou seja, pode ser variado dependendo das necessidades, para cada variância existem os prós e os contras.

    Ainda de acordo com a resposta dada no link acima um dos contras resultaria em uma menor segurança efetiva. Mas até que ponto consideramos inseguro e o quanto de risco os usuários estão dispostos a se sujeitar para acelerar a confirmação de um bloco específico. Esse debate deve se aprofundar cada vez mais pois as tecnologias estão evoluindo, por exemplo a banda de rede disponível para as pessoas está cada vez maior e a necessidade de uma banda maior é outro dos contras da lista supracitada.

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  4. Um dos pilares para a segurança dos Bitcoins é não estar aberto à possibilidade de duplicidade de informações. Pelo menos não no sentido de que as informações existentes sobre cada chave pública (usuários como vistos pelo sistema) seja diferente dependendo da fonte na qual ela se baseia. Essa característica é consequência de duas escolhas de arquitetura: utilizar o livro-razão como a única fonte de informações sobre o que está em posse de cada usuário, sem usar os conceitos de “saldo” para a otimização do processamento de transações, e a necessidade de consenso. Uma vez que o livro-razão mantém referência a si mesmo a cada nova transação (em tese, cada satoshi pode ser rastreado até a sua origem), o problema de duplo gasto não existe dentro do mesmo livro-razão. E o consenso ajuda a preservar a unicidade do livro-razão que “domina” a rede. A idéia de um nó ser rejeitado pela rede por não “entrar em acordo” com o consenso de qual o melhor bloco a ser incluído na blockchain é muito importante para a descentralização.
    Uma das coisas mais interessantes sobre Bitcoin, e que é latente na vídeo-aula, embora não seja seu tema, é a sua herança. E mais do que isso, o quão diversificada sua herança é. A priori, podemos pensar que Bitcoin se trata de uma inovação de modelo econômico apenas, e embora a moeda também seja isso, há muitas inovações tecnológicas e padrões de design que são criados e/ou consolidados com o advento do Bitcoin.

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