Leitura:
"Chapter 5: Bitcoin Mining" do livro Draft textbook: Bitcoin and Cryptocurrency Technologies
Bitcoin and The Age of Bespoke Silicon
Majority is not Enough: Bitcoin Mining is Vulnerable
Audiovisual:
Lecture 5 — Bitcoin Mining
Bitcoin mining in a shed how I started mining bitcoin
Na aula, vimos como a mineração de bitcoins funciona (a "mineração" na verdade é efetivamente o trabalho necessário para a validação de transações na rede) e sua evolução ao longo do tempo - iniciando-se com a mineração em computadores pessoais, até a era atual onde é basicamente necessário comprar uma máquina dedicada com chips específicos para a mineração de bitcoin.
ResponderExcluirAchei interessante ver os primeiros esforços no sentido de otimizar a mineração, com grandes instalações caseiras usando múltiplas GPUs e resfriamento improvisado. Acredito que esse espírito aventureiro (tecnicamente falando) é crucial para o desenvolvimento da tecnologia.
Levantou-se a questão se o estado atual da mineração de bitcoins, primariamente baseado em ASICs, não iria contra a visão de Satoshi Nakamoto em que quaisquer pessoas minerariam bitcoins em suas casas, usando computadores pessoais. Eu acredito que de fato é um problema que a mineração de bitcoins tenha se tornado apenas um grande investimento, restrito apenas a empresas dedicadas para esse fim. Se o mercado de mineração de bitcoins for adquirindo barreiras de entrada cada vez maiores, poderemos chegar a uma situação em que a rede não seja mais sustentável.
Se 50% do poder computacional da rede bitcoin for controlado por uma mesma entidade, essa entidade obtém controle da rede, decidindo quais transações são aceitas e quais não. Assim, a confiabilidade da rede Bitcoin seria destruída. Portanto, é do interesse da comunidade Bitcoin criar alternativas para que pessoas comuns possam se juntar à mineração. Achei interessante o modelo de "fornalhas de dados", em que habitantes de regiões frias comprariam mineradores de bitcoin para uso como aquecimento doméstico, mas creio que ele seria viável apenas em pequena escala. Vejo como uma deficiência no modelo do Bitcoin a falta de outras alternativas para a mineração (talvez um modelo de "mineração coletiva" usando um programa que use tempo computacional vago como o Folding@Home seja interessante)
Essas grandes instalações caseiras que avançaram a tecnologia do Bitcoin já vão contra a ideia do Bitcoin como algo descentralizado. Não é toda pessoa que vai comprar um bocado de GPUs e montar um sistema improvisado de mineração, tendo que lidar com todos os problemas de energia, resfriamento, etc. Não sei o que Nakamoto esperava mas, pelo menos de retrospectiva, parece fácil assumir que fornecendo incentivos para a mineração de imediato haverá formação de sistemas cada vez maiores e melhor organizados para tomar proveito disso.
ExcluirUm problema disso é que a medida que os mineradores procuram minerar de maneira mais eficiente, menos Bitcoins vão sendo liberadas devido ao ajuste automático da dificuldade de mineração. Cada vez que um certo número de blocos é minerado, a dificuldade dos cryptopuzzles aumenta ou diminui de acordo com a velocidade em que esses blocos foram minerados para que se mantenha a média de 10 minutos por bloco. A esperança dos mineradores muitas vezes fica em cima da apreciação dos Bitcoins.
Voltando ao assunto da evolução das tecnologias de mineração de Bitcoin, acho interessante que uma das conclusões do artigo “The Age of Bespoke Silicion” é que houveram certas condições que foram muito importantes para ela ter acontecido. Dentro delas uma foi que as placas tinham uma proposta de valor muito motivante para os consumidores que era que elas são praticamente máquinas de gerar dinheiro. E quem financiou as empresas como o ASICMINER foram os consumidores comprando shares e não as grandes empresas ou os investidores de capital de risco, que acreditam que startups de hardware são muito custosas e demoram muito para gerar retorno.
Em relação ao fato que se 50% do poder computacional da rede for concentrado em uma “mining pool”, ela passa a dominar a rede, acho interessante falar que o artigo sobre a vulnerabilidade do Bitcoin mostra que o risco de centralização é ainda maior usando o algoritmo de Selfish Mining, onde uma pool poderia manipular a propagação dos blocos e esconder seus branches na blockchain estrategicamente de forma que ganha uma vantagem e pode convencer outros mineradores a se juntarem a pool por ser mais vantajosa até passarem a dominar a rede inteira.
A segurança do blockchain é estabelecida por uma cadeia de puzzles criptográficos, resolvidos por uma rede frouxamente organizada dos participantes chamados mineradores. Cada minerador que resolve com sucesso um cryptopuzzle está autorizado a gravar um conjunto de transações, e a coletar uma recompensa em Bitcoins. O maior poder de recursos da mineração de um mineiro aplica-se, o melhor são suas chances de resolver o quebra-cabeça primeiro. Esta estrutura de recompensa constitui um incentivo para os mineiros para contribuir com seus recursos para o sistema, e é essencial para a natureza descentralizada da moeda.
ResponderExcluirBasicamente, pelo que vimos em sala, o processo de mineração se dá pelo esforço de confirmar transações e descobrir novos bitcoins, por parte de mineradores dedicados a essas operações.
ResponderExcluirPara prover segurança, existe um constante trabalho de verificação entre os mineradores. Quando existe uma transação, mineradores confirmam essa transação e escrevem detalhes a respeito dessa transação em uma espécie de livro público, onde esses são recompensados pelo seu esforço. Além desse esforço, há uma espécie de loteria realizada entre os mineradores que gravam os dados dessa transação com o fim de adivinhar precisamente o número hash que decifra o bloco de registro das transações. O ponto que realmente me intrigou foi quanto ao poder de processamento de parte da comunidade ser bem superior ao de usuários comuns que também possam participar do trabalho, de modo a tornar uma competição meio desigual entre o poder de esforço que cada um teria, criando talvez um ecossistema instável e ameaçado, uma vez que a complexidade de resolução das “charadas” aumenta e os que possuem maior vantagem em equipamento podem se sobressair.
Como comentado acima, o vídeo apresentado de um cidadão americano que elaborou toda uma infraestrutura de mineração em seu quintal é fantástico. É realmente muito animador ver esse tipo espírito desbravando a tecnologia à favor de novas vias de soluções, mesmo que sejam caseiras.
Algo interessante que pude compreender foi como é entendida a valorização dos bitcoins, visto que podem ser comparadas ao mesmo mecanismo da valorização do próprio ouro. Em resumo, o que faz com que o bitcoin seja possua a sua adequada valorização é a sua escassez (prevista em sua totalidade para meados de 2140) e custo/esforço que existe em realizar a sua ‘mineração’, dado que não seria nada interessante que o custo dessas ações fossem maior do que a própria cotação do bitcoin.
Um artigo que achei bem interessante foi o de um jornalista chamado Greg Ryder, cujo título é “All About Bitcoin Mining: Road to Riches or Fool’s Gold?”. Nesse artigo ele apresenta vários dados sobre como é realizada a mineração dos bitcoins, apresentação dos algoritmos e equipamentos utilizados (GPU, FPGA, ASIC-based devices), bem como pontos relativos às receitas e custos que dizem respeito ao processo de mineração como um todo. O link é o https://goo.gl/i4GcJ .
Fazendo uma analogia entre ouro e bitcoins (já que ambos são obtidos por mineração kk), oque faz o ouro ter o seu valor é basicamente a gigante escassez de ouro. Se houvesse uma maior facilidade em obter ouro e se tivesse ao alcanse de todo mundo , provavelmente o valor real do ouro seria bem menor. Então o valor aplicado a moeda está atrelado o quão facil eu posso minerala e coloca-la no mercado. e é justamente isso oque ocorre com o bitcoin. Oque faz com que o bitcoin tenha seu valor é justamente a escassez e a dificuldade de obtenção colocando um auto custo da mineração.
ResponderExcluirMineração em Bitcoin é vista como similar a garimpagem. Tanto do ponto de vista daqueles que buscam enriquecer através disso (dispostos a tentar a sorte, uma vez que a recompensa é grande, caso a mineração seja bem sucedida), como quando analisamos a realidade, onde há poucas chances de sucesso, e o resultado mais comum é a frustração do minerador.
ResponderExcluirO processo de mineração de Bitcoins pode ser dividido em 6 passos, com o último sendo apenas o recebimento da recompensa pelo trabalho realizado. As 3 primeiras etapas são a realização de trabalho, essenciais para o funcionamento do Bitcoin. As 4ª e 5ª etapas são realizadas parcialmente e integralmente fora da máquina mineradora, respectivamente, e o seu sucesso decidirá se a mineração será bem sucedida.
A primeira geração de mineradores era constituídas de mineradores de computador pessoal. Esses mineradores tem chances irrisórias de sucesso, na dificuldade atual. A segunda geração se utiliza de GPUs para minerar blocos. Embora as chances de sucesso aumentem em várias ordens, ainda é uma pequena chance na dificuldade atual. A terceira geração durou pouco, e mesmo tendo aumentado as chances de sucesso em mais uma ordem de grandeza, essa chance ainda é pequena. A 4ª geração é a geração de Bitcoin ASICs, onde a mineração é feita por unidades de processamento específico em larga escala.
Mineração de Bitcoins se tornou um mercado próprio, e é um desafio que se renova em curtos períodos de tempo manter essa prática como algo rentável. Dado que é necessário um grande poder de processamento para aumentar as próprias chances de “chegar na frente” e minerar um bitcoin bem sucedidamente, os gastos não param. Eles vão desde a constante substituição das unidades de processamento, a depreciação total de unidades obsoletas (um processador de propósito específico obsoleto não possui valor de revenda) e gastos com energia (para alimentação e refrigeração das máquinas).