Leitura:
O que é Bitcoin?
33 Indicators that Bitcoin is not slowing down
Audiovisual:
O que é Bitcoin? (Dublado em português)
O que é BitCoin?
Bitcoin - O Fim do Dinheiro Como Conhecemos
Bitcoin: The End of Money as We Know It (Entrevista com Torsten Hoffman)
O material da aula de segunda-feira explorou em sua primeira metade os avanços tecnológicos que possibilitaram o surgimento de uma moeda completamente virtual. Foram traçados paralelos entre o surgimento e recepção do Bitcoin a inovações tecnológicas revolucionárias (computador pessoal e internet), sugerindo que a desconfiança com a qual a moeda virtual é recebida fortalece a crença de que ela, assim como seus predecessores, será revolucionária. Fora isso, em ordem cronológica foram analisados os marcos tecnológicos que preparam o terreno para o surgimento do Bitcoin, tanto no que diz respeito à ocorrência de transações online, como em relação ao compartilhamento de informações direta entre peers.
ResponderExcluirNa segunda metade da aula, a turma assistiu o documentário "Bitcoin: The End of Money as We Know It". Essa etapa tratou inicialmente da história da economia. O documentário explica de maneira cronológica o surgimento dos conceitos de moeda, promissórias, dinheiro de papel, inflação, e crédito, entre outras coisas. Também é contada a história da economia americana, desde seu surgimento até hoje, explicando a grande depressão, as novas legislações aprovadas pelos presidentes Roosevelt e Nixon, e como a mesma se tornou a maior economia do mundo. Após toda essa fundamentação, o documentário ataca as falhas do modelo econômico atual como a atuação da Reserva Federal (dos EUA) e a existência de bancos. Focando principalmente na idéia de crédito, são feitas críticas à participação dos bancos na economia, caracterizando sua relação com a sociedade como uma de parasitismo. Essa é uma visão muito similar à presente no filme “The Big Short”, de 2015, que também critica as atuações dos bancos e empresas de avaliação de crédito que levaram à crise financeira de 2008, embora os mesmos tenham evadido as consequências legais dos crimes de fraude e prevaricação.
É sugerido que o Bitcoin poderia surgir como uma maneira de “livrar” a sociedade de bancos, e um paralelo histórico é sugerido entre Satoshi Nakamoto e alguns inventores revolucionários. Os bancos são novamente atacados, dessa vez sob a acusação de se valerem da criação de legislação para proteger os mesmos do surgimento de moedas concorrentes, sendo dado o exemplo do “Liberty Dollar”, que inspirou Nakamoto. E baseado num resumo das características inerentes do Bitcoin, e sua transparência, uma comparação entre o Bitcoin e as outras moedas é feito, com a sugestão de quais são suas melhoras em relação a outras moedas.
Os argumentos favoráveis ao Bitcoin são predominantes. A “moeda” tem um forte apelo libertário, e seu modelo de crescimento limitado lhe dá muitas características promissoras. Mas o Bitcoin, até o momento, se trata mais de uma idéia do que de uma moeda. A adesão da sociedade ditará o seu sucesso no futuro. Até que isso aconteça, o mesmo ainda estará, como a maioria das moedas do mundo, atrelado ao valor do dólar, ainda que indiretamente. Isso diminuirá quando a sua utilização passar a representar uma parte significativa do fluxo de capital e a especulação em torno do Bitcoin diminuir. O surgimento de novas legislações e a sua utilização em transações ilegais podem também se tornar obstáculos para o sucesso dessa nova idéia.
Na aula do dia 8, tivemos a introdução ao conceito de bitcoin: Uma moeda eletrônica que, ao contrário de formas de dinheiro eletrônico já existentes (cartões de crédito, por exemplo, que efetivamente funcionam como dinheiro eletrônico), funciona sem a presença de uma autoridade centralizadora/reguladora, ao invés disso usando um algoritmo de consenso descentralizado para fins de validação de transações e prevenção de fraudes. No documentário assistido, o Bitcoin foi apresentado de um ponto de vista mais sociológico/econômico que técnico - foram mais debatidos os potenciais efeitos transformadores do Bitcoin para a sociedade do que os elementos técnicos por trás do Bitcoin.
ResponderExcluirO documentário assistido em aula ("Bitcoin: The End of Money As We Know It") apresenta o Bitcoin de um ponto de vista predominantemente libertário, mostrando a criptomoeda como uma inovação positiva que irá libertar a sociedade da dependência dos bancos, exibidos como parasitas da sociedade. Também realiza uma comparação com outras opções de criptomoeda que já surgiram no passado.
Achei interessante especialmente o tópico do Bitcoin como problema de Informática Teórica. Foi mostrado como, para funcionar como rede de consenso, o Bitcoin precisou resolver o Problema dos Generais Bizantinos, um problema clássico de computação distribuída, relacionado a como enviar informação de forma segura por uma rede que potencialmente contenha nós não-confiáveis. O lado técnico do bitcoin e o potencial de soluções de blockchain para a criação de redes descentralizadas me parecem os aspectos mais interessantes das criptomoedas.
Nas próximas sessões, gostaria de ver mais críticas ao bitcoin, como, por exemplo, visões alternativas sobre moedas deflacionárias. O Bitcoin, por eventualmente atingir uma quantidade fixa de moedas em circulação, não irá inflacionar, e diversas correntes econômicas apontam que isso pode causar as chamadas "crises de liquidez", nas quais as pessoas preferem guardar seu dinheiro a gastar.
Realmente, o lado técnico do Bitcoin é maravilhoso e a segurança implementada é eficaz e robusta.
ExcluirMas o que mais me interessou nesta aula inicial foi o questionamento que uso de moedas descentralizadas traz: Ainda precisamos de atravessadores cuidando todo o nosso dinheiro?
Esta função que um dia foi exercida pela família Médici foi de extrema importância para o crescimento econômico e integração da Europa em uma época na qual se precisava de confiança para se realizar uma transação monetária. Os perigos eram diversos e a comunicação lenta, o que acabava direcionando o comerciante a buscar a conforto e segurança de uma instituição forte, e forçando a pagar uma taxa justa pelo serviço.
Hoje temos um cenário bem diferente. Transferências podem ser realizadas em um piscar de olhos sem uma terceira parte 'tomando' parte do valor
Eu acredito que o Bitcoin não seja algo tão segura quanto se imagina. Não por causa de sua tecnologia (no caso a criptografia), mas por causa das questões politicas que vem tomando conta dos países.
ResponderExcluirQual o meio de ação eficiente que pode impedir um governante de usar o bitcoin para obter o histórico de transações de um adversário politico (falo tanto de um politico, quanto de jornalistas, professores, advogado, etc)?
Os riscos são muito grandes para que o bitcoin seja uma ferramenta de fiscalização usado por um grupo político psicótico.
Olhar o bitcoin somente na perspectiva econômica não será de grande ajuda para a população de um país que queira usá-la em escala nacional - ou ate mesmo mundial. É importante analisar o cenário politico, social e cultural atuais e depois fazer uma previsão de como será o cenário em questão de 30 anos ou mais.
Mesmo que o bitcoin ofereça vantagens como facilidade de pagamento e segurança do dinheiro, e tenha dado certo em escalas menores, como e-commerce em alguns lojas tanto físicas quanto virtuais, o que eu disse acima não deve ser descartado.
Mesmo com essas questões políticas, a tecnologia de criptografia vai ser um meio eficiente de impedir algum mal-intencionado de xeretar nos históricos de transação dos outros. O desenvolvimento de uma boa base criptográfica vai ser necessário para o bitcoin continuar sendo usado numa escala mundial.
ExcluirConcordo que deve se pensar na questão sociocultural da adoção das criptomoedas. O uso do bitcoin pode alterar nossos comportamentos, a maneira de como realizamos transações e o nosso pensamento a cerca das instituições financeiras.
As crises mundiais têm provocado uma série de desconfianças entre as relações econômicas entre os países, levando certa parte do nicho de mercado envolvido a tomar novos rumos. E um dos mais interessantes se deu com o Bitcoin, onde à medida que mais pessoas foram aderindo, a nova 'moeda virtual' começou a ser ainda mais valorizada.
ResponderExcluirPelo que pesquisei, alguns pensadores apontam dois problemas principais envolvendo a aplicabilidade global dos ‘bitcoins’:
1. É uma política de economia totalmente descentralizada
2. Ainda é uma moeda que apresenta certa instabilidade
Existem várias insinuações sobre o fim do estado, a partir de um novo modelo econômico, que julga necessário outros padrões de segurança e controle de fluxo. Essa possível ‘ameaça’ bota em questão, por exemplo, a preocupação com os atributos que merecem cuidado público e investimentos especiais, como saneamento básico, educação pública, visto que o controle dessa nova forma de ambiente econômico exigiria uma organização parlamentar com uma filosofia inovadora e que propusesse algo robusto à tempo.
Ao meu ver, o Estado deve existir e a moeda comum também, e caso haja de fato uma real chance da moeda eletrônica se estabelecer firmemente por todo o mundo, deveria-se entrar em questão uma comissão regente dessa “ordem”, composta por chefes de Estado e ativistas da tecnologia que coordenam e trabalham para o desenvolvimento da nova moeda.
A tecnologia vem sempre nos supreendendo cada dia mais com novas tendencias ,ajudando na melhoria da qualidade de vidas das pessoas , facilitando a execução de uma determinada tarefa, logo é importante dar um dado valor de importância para uma aplicação como o bitcoin que faz uma mudança facilitando a forma de como as pessoas pagam ou recebem pela compra ou venda de seus produtos.
ResponderExcluirPorém , apesar de toda facilidade e utilidade de se usar “moedas digitais ” eu não acredito que hoje a própria sociedade está preparada para a utilização de bitcoins como moeda padrão para suas compras, mesmo sabendo do enorme estudo que é feito na área de segurança e em criptomoedas eu não me sentiria confortável em utilizar o bitcoins dentro de uma grande transação financeira.
Eu vejo o conceito de bitcoins como algo que futuramente pode ser a moeda dominante em todo o mundo, porém as pessoas antes de tudo devem se adaptar a um novo jeito de comércio que iram mudar radicalmente as suas vidas ,( principalmente aquelas que não tem tanta familiaridade com novas tecnologias). Tal vez essa seja a principal barreira do bitcoin.
Acho que moedas digitais como bitcoin possuem bastante potencial, uma das aplicações que achei mais interessante foi mencionada no documentário, a de transações entre robôs. Sinto que essa ideia semi futurística de transações realizadas entre autômatos ou andróides parte do conceito de bitcoin como moeda programável. Mas as capacidades de script para criptomoedas me parecem limitadas por motivos técnicos.
ResponderExcluirTambém pesquisei algumas iniciativas de bitcoin em pernambuco. Mesmo com o pólo tecnológico do porto digital ainda não há muitos lugares que aceitem bitcoin, só encontrei notícia de um restaurante e uma ótica que começaram a aceitar, e essa ótica depois de seis meses aceitando a moeda recebeu apenas um cliente que pagou em bitcoin. Talvez seja reflexo do problema da liquidez mencionado no comentário de Castilho. Há uma startup pernambucana chamada PagCoin que está trabalhando com pagamentos em bitcoin, a empresa recebe bitcoin e efetua o pagamento em reais. Esse tipo de plataforma pode facilitar o uso da bitcoin já que ainda não há tantos lugares que aceitem a moeda, e a taxa que a PagCoin cobra de 1% do valor total da transação é de baixo custo em relação a muitos outros serviços. O problema é que me parece que por enquanto só está funcionando para realizar pagamentos de compras online.
Links:
http://www.leiaja.com/tecnologia/2014/05/28/bitcoin-para-pioneiros-de-pe-moeda-virtual-tem-futuro/
http://m.jc.ne10.uol.com.br/canal/economia/pernambuco/noticia/2016/08/14/bitcoin-comeca-a-ser-aceito-como-pagamento-por-empresas-pernambucanas-248537.php
Eu acho impressionante, que mesmo estando em um dos lugares com mais compradores de Bitcoin (de acordo com um dos indicadores do http://www.thedomains.com/2016/02/04/68402/ ) as pessoas aqui ainda "não conhecem" o Bitcoin. Digo isso pois as únicas pessoas com quem conversei e pelo menos já ouviram falar de Bitcoin são estudantes de áreas ligadas a tecnologia. Além disso não são nem todos dessa área que ouviram falar.
ResponderExcluirÉ verdade que pouco foi divulgado ainda sobre a tecnologia nos veículos de mídia por aqui, mas aonde estão os tais compradores? Gostaria de conversar com eles e ouvir suas experiências.
Uma vez estava conversando com uma pessoa leiga sobre a tecnologia e percebi que ao não entender como acontecia de fato as regras e o funcionamento da mesma, a pessoa perdeu o interesse. O Bitcoin tem que ser mostrado as pessoas e não as pessoas que tem que procurá-lo.
Será que aqui o Bitcoin expandirá de fato ou apenas manterá o ritmo atual e aos poucos seremos ultrapassados por outros países? Confesso que não possuo tanta confiança ainda sobre o uso/compra do Bitcoin por aqui.