segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Quarta Sessão (2015.2) (21/09): "Bitcoin sob o ponto de vista dos Economistas"

Leitura:
Susan Athey On How Digital Currency Could Transform Our Lives
Could Digital Currency Make Our Money More Secure?
Who Will Benefit From Digital Currency? Bitcoin Experiment Gives A Glimpse
The Economics of Bitcoin

Audiovisual:
Jerry Brito on Bitcoin
Susan Athey: The Economics of Bitcoin & Virtual Currency
Blockchain's Peter Smith & Stanford's Susan Athey on Bitcoin | Disrupt NY 2014
Robert Murphy - Austrian Economics and Bitcoin

9 comentários:

  1. Foi muito bom poder ver Bitcoin pelo lado dos economistas, visto que até agora a maioria dos vídeos que vimos foram de pessoas ligadas à "parte tecnológica" da moeda.

    Me perguntava se para uma pessoa leiga sobre a tecnologia por trás da Bitcoin, os argumentos apresentados pelos economistas para mostrar que o sistema é seguro e funciona, de uma forma bem mais "alto nível", conseguem ser suficientemente convincentes ou se ainda há descrença. Porém, a forma como Susan Athey argumentou no vídeo me fez acreditar que ainda que leiga, uma pessoa conseguiria ser convencida das vantagens e segurança do sistema.

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  2. Na aula, estavamos discutindo que o preço do bitcoin não variava muito nos 10 minutos necessários para que ele fosse aceito no blockchain (em situações normais), de forma que era "seguro" que não haveria perda do câmbio na transação. Porém, antes de aceitar uma transação, é aconselhável que se espere até que ela tenha 6 confirmations, que eleva esse tempo para uma média de 1h (para evitar ataques de double-spending). Com isso, acho que essa variação pode ficar mais crítica.

    Além disso, essa espera normalmente só ocorre com compras virtuais.

    Mas para o caso de compras em lojas físicas, que o cliente já sai com o produto na hora por exemplo, alguém saberia dizer se isso não seria um problema? Por exemplo, a pessoa fazer uma transação pra si mesmo, e em seguida comprar um produto e sair com ele. Haveria então uma race condition em que apenas uma das transações iria pro blockchain, mas a pessoa já saiu com o produto...

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  3. Eu pensei bem assim também como o Vinimoraesrc, ver economistas mostrando algumas maneiras efetivas de usar o Bitcoin (mesmo que não como moeda diretamente) como o exemplo da Susan Athey de utilizar como plataforma de câmbio foi uma abordagem bem interessante e diferente do que eu esperava.

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  4. Marcel levantou um ponto interessante aí:

    "antes de aceitar uma transação, é aconselhável que se espere até que ela tenha 6 confirmations, que eleva esse tempo para uma média de 1h...

    Mas para o caso de compras em lojas físicas, que o cliente já sai com o produto na hora por exemplo, alguém saberia dizer se isso não seria um problema?"

    Eu entendo que as agências que "administram" transações de Bitcoin (e permitem que lojas físicas adotem a moeda) assumam a responsabilidade de administrar o risco e levem isso em conta na hora de balancear seus lucros. Faz sentido?

    Abraços!

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    1. Quando eu estava pesquisando para o meu artigo da Wikipedia sobre gasto duplo eu li em algumas fontes, uma delas a própria bitcoin wiki, justamente esse ponto que levantasse: Apesar de ser recomendado esperar 6 confirmações, é responsabilidade do vendedor/organização ponderar o custo/benefício de aceitar transações não confirmadas, isto é, se a praticidade vai acabar trazendo mais lucros pra eles do que eles perderiam em tentativas bem sucedidas de gasto duplo. Também vi que tem algumas heurísticas pra Bitcoin que visam diminuir essa chance, mesmo com 0 confirmações.

      Outra coisa interessante é um serviço chamado Blockcypher, que através de um artigo de verificação do nível de confiança de uma transação pode dar ao vendedor a probabilidade prevista dessa transação sofrer uma tentativa de gasto duplo que seja bem sucedida, daí as transações com alto grau de confiança podem ser aceitas quase que imediatamente.

      - Vinícius Cousseau

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    2. Eu acho que é bem isso que o cara fala em um dos vídeos. O serviço que as empresas que usam bitcoin oferecem não é o uso de bitcoin, é: "pagamento instantâneo, de qualquer lugar do mundo, mais barato pela eliminação de intermediários". Nesse sentido seu cliente não sabe que está usando bitcoin.

      Fica então à cargo da empresa então ter capital de giro o bastante para efetuar o pagamento e só depois redimir os bitcoins gastos do cliente. Como Vinícius falou, vendo o quão lucrativo é esperar os 6 ciclos, sem lesar os clientes.

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    3. É, como Vinícius falou seria a empresa que está vendendo que teria que ponderar se vale a pena ou não aceitar transações que ainda não foram confirmadas. Quando o cliente compra com cartão de crédito o vendedor tem que pagar uma taxa por essa transação, assim deixando bitcoins como uma forma de pagamento é vantagem para o vendedor.
      Em um dos artigos da Forbes, Susan fala sobre a Venmo que possibilita a transferência de dinheiro de graça e instantaneamente. Assim se uma pessoa for transferir dinheiro para o amigo, Venmo transfere essa quantia para a outra pessoa embora o dinheiro demore a ser transferido. Com isso, para benefício do usuário do app, mesmo verificando as contas e os saldos, o Venmo corre um pequeno risco. Do mesmo jeito que a Venmo optou por essa decisão de negócios, em que só receberá o dinheiro depois, a empresa que oferece pagamento em bitcoins teria que ponderar e ver se a vantagem do pagamento em bitcoins é maior do que o possível risco de não receber os bitcoins.

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    4. Nesse caso, os riscos assumidos por empresas que atuam como intermediárias em transações usando bitcoins não difere muito do que temos atualmente, já que as operadoras de cartão de crédito assumem o risco da inadimplência de um cliente, enquanto o vendedor recebe o dinheiro em totalidade (deduzido a taxa da administradora) e tem como incentivo um provável aumento no volume de vendas. Os riscos e custos envolvidos talvez mostrem que o bitcoin está no caminho certo no seu uso em aplicações monetárias do cotidiano.

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  5. A pergunta que Felipe fez eh bem interessante e inclusive, o texto da FORBES (http://www.forbes.com/sites/laurashin/2014/11/26/who-will-benefit-from-digital-currency-bitcoin-experiment-gives-a-glimpse/) relata algo parecido. As lojas fisicas podem "repassar" a questao de como lidar com bitcoin contratando um servico como a o Bitpay, por exemplo, que "cuida" da transacao, digamos assim.
    Em tempo, outro ponto interessante eh que eh super importante avaliar a questao com uma visao ampla no sentido de ter uma comunidade toda utilizando bitcoin e nao apenas um grupo dentro de uma comunidade isoladamente.

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