Ao contrário do que eu pensava, o ethereum não é meramente uma criptomoeda, mas é uma plataforma de aplicações baseadas em blockchain, ou seja, ele permite a criação de aplicativos ou contratos que ficam armazenados no ledger e cujos serviços podem ser contratados pelos usuários da plataforma. Algo interessante de se comentar é que o ethereum expande a noção de descentralização do bitcoin, que é restrita ao aspecto de transações monetárias, para um mar de oportunidades, pois a plataforma é aberta para qualquer um que deseje criar algo novo e esteja disposto a pagar.
Para garantir que a rede não fique sobrecarregada o Ethereum tem um sistema de "gas" que serve como combustível para o contrato inteligente rodar na Blockchain. Isso é uma consequência da característica Turing-Completa que sua linguagem de Script(Ethereum) tenta atingir, evitando que recursões infinitas congestionem a rede.
A frase "Para garantir que a rede não fique sobrecarregada o Ethereum tem um sistema de "gas" " sugere algo diferente do que deve ser entendido como o papel do "gas": evitar que "smart contracts"/programas em loop possam executar na rede, levando a uma execução infinita de um procedimento e a indesejável consequencia de "negação de serviço".
A rede Ethereum expande ainda mais a noção, até meio que filosófica, de democracia, ou descentralização. O Bitcoin, uma versão limitada dessa liberdade e democracia voltada como uma simples "troca de mensagens", faz muito bem o seu papel como criptodinheiro. Mas no mundo, idealizado por Vitalik, questões mais centralizadoras como as instituições, cartórios e juízes são, então, substituídos por um consenso global. A influência é reduzida nas decisões, os contratos são mais sólidos. Estamos em entrando em um mundo onde a noção de Verdade se transformou em uma "Commodity", algo que podemos depositar confiança e até precificar. Uma quebra de paradigmas, sem dúvida.
O Ethereum , com sua linguagem Turing-Completa Solidity, permite a criação de aplicações complexas que se beneficiam pela descentralização e autonomia da rede.
Em muitos casos, as decisões tomadas por estas aplicações dependem únicamente do código que executam. Logo, criar um contrato e ter certeza que seja executado da forma prevista é de fundamental importância devido a natureza imutavel e até mesmo implacavel do sistema.
Um exemplo infeliz que ilustra o malefício do código mal-escrito é a DAO, um sistema criado na Ethereum que, devido a um BUG(comportamento inesperado), perdeu cerca de 60 milhões de dolares em Ether. Importante frisar que isto não foi uma falha da rede Ethereum, mas sim uma falha dos desenvolvedores da aplicação.
Isto evidência um aspecto curioso da plataforma: Um contrato Ethereum é tão seguro quanto a habilidade de seu desenvolvedor.
Como o Ethereum oferece uma alta complexidade para a construção dos contratos, as pesquisas e desenvolvimento da ferramenta também deve ser alta, pois para oferecer qualidade nesses requisitos complexos, a ferramenta não pode ter falhas drásticas ou problemas no funcionamento dos contratos.
Um exemplo disso pode ser visto na alternativa que foi feita para que essa altcoin utilize uma linguagem Turing completa. O gás utilizado cria um contraponto para o uso dos contratos, criando um limitação para que os contratos sejam bem feitos e otimizados, evitam problemas como loops infinitos, ou requisições desnecessárias, por exemplo. Nessa situação, foi descoberto um problema na construção dos contratos, e a pessoal que descobriu, aproveitou isso para roubar um valor gigante de gás, o que obrigou o altcoin a tomar uma medida drástica, que foi um fork, desagradando alguns usuários.
O interessante do Ethereum é a possibilidade de mineradores de nível mais baixo, de participar da mineração, pois o seu algoritmo de prova de trabalho faz com que as mineradoras que como conhecemos atualmente, não consigam funcionar normalmente. Assim, permitem um equilíbrio reflete a filosofia do grupo: como universalidade e não discriminação. Isso é interessante porque é um contraponto ao que temos hoje nas piscinas de mineração onde o capitalismo ainda se manifesta sob a forma de mineiros que apostam alto, simplesmente comprando muito mais do mesmo equipamento que o consumidor doméstico também tem.
O Ethereum se diferencia do Bitcoin por permitir a construção de aplicações baseadas em blockchain utilizando os chamados 'Contratos Inteligentes'. No Ethereum cada nó da rede possui uma cópia das transações e do histórico dos contratos inteligentes da rede, além de acompanhar o 'estado' atual desses contratos. Toda vez que um usuário realiza alguma ação, todos os nós da rede precisam concordar que essa mudança ocorreu. A plataforma Ethereum expande as possibilidades do que pode ser feito utilizando a tecnologia de blockchain, dando liberdade para os desenvolvedores customizarem suas aplicações de acordo com seus interesses.
A tecnologia Ethereum é, sem sombra de dúvidas, um aparato inovador no que diz respeito à descentralização e autonomia de comunidades até então organizadas por entidades terceiras. Apesar do Bitcoin ser a tecnologia que abriu as portas para a cripto-indústria, soluções como Ethereum surgem, naturalmente como sempre ocorre na ciência da computação, como uma tentativa interessantíssima de se generalizar a criação de inúmeras outras soluções dispostas sobre o conceito de consenso distribuído. Usando noções bem difundidas, o protocolo permite que inúmeros outros protocolos sejam elaborados a partir de uma linguagem de alto nível e de fácil compreensão. Essa iniciativa abre as portas para cenários até então conservadores e centralizados, como saúde, ciência, energia e quem sabe até mesmo eleições para presidentes, governadores etc. Talvez esse seja um pontapé para uma sociedade ainda mais participativa.
Diferentemente do Bitcoin, Ethereum implementa a ideia de contratos sociais, que permite que códigos sejam associados aos benefícios da blockchain (resistência a fraude, garantia de execução, descentralização...). Adicionalmente, Tokens podem ser criados dentro da rede Ethereum. Hoje em dia diversos projetos iniciam como tokens ethereum até evoluírem o bastante para criarem sua própria rede.
É interessante o funcionamento e curioso saber que a cada 12 segundos, em média, uma máquina da plataforma gera um bloco com informações sobre as transações efetuadas na rede. E esse bloco é acrescentado na blockchain e a máquina responsável por ela é “presenteada” com 5 ethers pela sua contribuição.
A ether, nesse sentido, é conhecida pelos participantes da plataforma como “token”. Ou seja, basicamente qualquer coisa que se faça dentro da Ethereum e que necessite de pagamento, ele é feito com ether. E apesar da ether ser classificada como uma criptomoeda, ela foi concebida para funcionar como um “combustível” que mantém o funcionamento da rede Ethereum.
Diferente do Bitcoin, o Ethereum utiliza o algoritmo Casper Proof of Stake no lugar da clássica Prova de Trabalho que o seu concorrente usa. A “Prova de Participação” (como é chamado) desperdiça menos poder computacional para obter o mesmo objetivo que a “Prova de Trabalho”, fazendo com que ele seja uma ótima alternativa ao PoW que o Bitcoin utiliza. Enquanto a “Prova de Trabalho” utiliza hardware para obter valor computacional, a “Prova de Participação” precisa de um tratamento que liberta a rede de grandes quantidades de requisitos energéticos. Em vez de receber recompensas pela mineração, os mineradores de ether adquirem recompensas proporcionais à transação que estão validando.
O contraste da Ethereum sobre a criação de novas moedas é notável, cada vez mais moedas se baseiam em sua arquitetura para criar uma solução com contratos inteligentes, sua implementação de proposito geral que faz com que cada vez mais iniciativas queiram fazer sua própria função da moeda, o que poderia se tornar o inicio da criação de uma unica moeda capaz de tudo, acaba se transformando em uma oportunidade para mais pessoas criarem outras moedas baseada na Ethereum que implementam aquela funcionalidade especifica. Essa funcionalidade e outras como o Proof of Stake é que fazem da Ethereum ainda uma das moedas mais faladas na atualidade.
Uma dos pontos que me chamou a atenção sobre Ethereum é o fato dessa plataforma ser construída com uma linguagem Turing completa, uma vez que é uma aplicação prática (e bem popular) de um assunto que vemos na disciplina Informática Teórica. De uma forma resumida, o fato de a Ethereum possuir uma linguagem Turing Completa significa que é possível simular qualquer algoritmo de computador com os contratos inteligentes. Isso permite loops e torna o sistema suscetível ao problema da parada, quando você não pode determinar se o programa está sendo executado infinitamente. Para lidar com esse problema, a plataforma cobra taxas, que protegem a rede de ataques onde a existe a intenção de executar loops infinitos em transações.
Ao contrário do que eu pensava, o ethereum não é meramente uma criptomoeda, mas é uma plataforma de aplicações baseadas em blockchain, ou seja, ele permite a criação de aplicativos ou contratos que ficam armazenados no ledger e cujos serviços podem ser contratados pelos usuários da plataforma. Algo interessante de se comentar é que o ethereum expande a noção de descentralização do bitcoin, que é restrita ao aspecto de transações monetárias, para um mar de oportunidades, pois a plataforma é aberta para qualquer um que deseje criar algo novo e esteja disposto a pagar.
ResponderExcluirPara garantir que a rede não fique sobrecarregada o Ethereum tem um sistema de "gas" que serve como combustível para o contrato inteligente rodar na Blockchain. Isso é uma consequência da característica Turing-Completa que sua linguagem de Script(Ethereum) tenta atingir, evitando que recursões infinitas congestionem a rede.
ResponderExcluirA frase "Para garantir que a rede não fique sobrecarregada o Ethereum tem um sistema de "gas" " sugere algo diferente do que deve ser entendido como o papel do "gas": evitar que "smart contracts"/programas em loop possam executar na rede, levando a uma execução infinita de um procedimento e a indesejável consequencia de "negação de serviço".
ExcluirVerdade, a maneira como falei não deixou claro o que quis dizer. O texto que escrevi após talvez tenha esclarecido minha frase ambígua.
ExcluirA rede Ethereum expande ainda mais a noção, até meio que filosófica, de democracia, ou descentralização. O Bitcoin, uma versão limitada dessa liberdade e democracia voltada como uma simples "troca de mensagens", faz muito bem o seu papel como criptodinheiro. Mas no mundo, idealizado por Vitalik, questões mais centralizadoras como as instituições, cartórios e juízes são, então, substituídos por um consenso global. A influência é reduzida nas decisões, os contratos são mais sólidos. Estamos em entrando em um mundo onde a noção de Verdade se transformou em uma "Commodity", algo que podemos depositar confiança e até precificar. Uma quebra de paradigmas, sem dúvida.
ResponderExcluirO Ethereum , com sua linguagem Turing-Completa Solidity, permite a criação de aplicações complexas que se beneficiam pela descentralização e autonomia da rede.
ResponderExcluirEm muitos casos, as decisões tomadas por estas aplicações dependem únicamente do código que executam. Logo, criar um contrato e ter certeza que seja executado da forma prevista é de fundamental importância devido a natureza imutavel e até mesmo implacavel do sistema.
Um exemplo infeliz que ilustra o malefício do código mal-escrito é a DAO, um sistema criado na Ethereum que, devido a um BUG(comportamento inesperado), perdeu cerca de 60 milhões de dolares em Ether. Importante frisar que isto não foi uma falha da rede Ethereum, mas sim uma
falha dos desenvolvedores da aplicação.
Isto evidência um aspecto curioso da plataforma: Um contrato Ethereum é tão seguro quanto a
habilidade de seu desenvolvedor.
Como o Ethereum oferece uma alta complexidade para a construção dos contratos, as pesquisas e desenvolvimento da ferramenta também deve ser alta, pois para oferecer qualidade nesses requisitos complexos, a ferramenta não pode ter falhas drásticas ou problemas no funcionamento dos contratos.
ResponderExcluirUm exemplo disso pode ser visto na alternativa que foi feita para que essa altcoin utilize uma linguagem Turing completa. O gás utilizado cria um contraponto para o uso dos contratos, criando um limitação para que os contratos sejam bem feitos e otimizados, evitam problemas como loops infinitos, ou requisições desnecessárias, por exemplo. Nessa situação, foi descoberto um problema na construção dos contratos, e a pessoal que descobriu, aproveitou isso para roubar um valor gigante de gás, o que obrigou o altcoin a tomar uma medida drástica, que foi um fork, desagradando alguns usuários.
O interessante do Ethereum é a possibilidade de mineradores de nível mais baixo, de participar da mineração, pois o seu algoritmo de prova de trabalho faz com que as mineradoras que como conhecemos atualmente, não consigam funcionar normalmente. Assim, permitem um equilíbrio reflete a filosofia do grupo: como universalidade e não discriminação. Isso é interessante porque é um contraponto ao que temos hoje nas piscinas de mineração onde o capitalismo ainda se manifesta sob a forma de mineiros que apostam alto, simplesmente comprando muito mais do mesmo equipamento que o consumidor doméstico também tem.
O Ethereum se diferencia do Bitcoin por permitir a construção de aplicações baseadas em blockchain utilizando os chamados 'Contratos Inteligentes'.
ResponderExcluirNo Ethereum cada nó da rede possui uma cópia das transações e do histórico dos contratos inteligentes da rede, além de acompanhar o 'estado' atual desses contratos. Toda vez que um usuário realiza alguma ação, todos os nós da rede precisam concordar que essa mudança ocorreu.
A plataforma Ethereum expande as possibilidades do que pode ser feito utilizando a tecnologia de blockchain, dando liberdade para os desenvolvedores customizarem suas aplicações de acordo com seus interesses.
A tecnologia Ethereum é, sem sombra de dúvidas, um aparato inovador no que diz respeito à descentralização e autonomia de comunidades até então organizadas por entidades terceiras. Apesar do Bitcoin ser a tecnologia que abriu as portas para a cripto-indústria, soluções como Ethereum surgem, naturalmente como sempre ocorre na ciência da computação, como uma tentativa interessantíssima de se generalizar a criação de inúmeras outras soluções dispostas sobre o conceito de consenso distribuído. Usando noções bem difundidas, o protocolo permite que inúmeros outros protocolos sejam elaborados a partir de uma linguagem de alto nível e de fácil compreensão. Essa iniciativa abre as portas para cenários até então conservadores e centralizados, como saúde, ciência, energia e quem sabe até mesmo eleições para presidentes, governadores etc. Talvez esse seja um pontapé para uma sociedade ainda mais participativa.
ResponderExcluirDiferentemente do Bitcoin, Ethereum implementa a ideia de contratos sociais, que permite que códigos sejam associados aos benefícios da blockchain (resistência a fraude, garantia de execução, descentralização...). Adicionalmente, Tokens podem ser criados dentro da rede Ethereum. Hoje em dia diversos projetos iniciam como tokens ethereum até evoluírem o bastante para criarem sua própria rede.
ResponderExcluirÉ interessante o funcionamento e curioso saber que a cada 12 segundos, em média, uma máquina da plataforma gera um bloco com informações sobre as transações efetuadas na rede. E esse bloco é acrescentado na blockchain e a máquina responsável por ela é “presenteada” com 5 ethers pela sua contribuição.
ResponderExcluirA ether, nesse sentido, é conhecida pelos participantes da plataforma como “token”. Ou seja, basicamente qualquer coisa que se faça dentro da Ethereum e que necessite de pagamento, ele é feito com ether. E apesar da ether ser classificada como uma criptomoeda, ela foi concebida para funcionar como um “combustível” que mantém o funcionamento da rede Ethereum.
Diferente do Bitcoin, o Ethereum utiliza o algoritmo Casper Proof of Stake no lugar da clássica Prova de Trabalho que o seu concorrente usa. A “Prova de Participação” (como é chamado) desperdiça menos poder computacional para obter o mesmo objetivo que a “Prova de Trabalho”, fazendo com que ele seja uma ótima alternativa ao PoW que o Bitcoin utiliza. Enquanto a “Prova de Trabalho” utiliza hardware para obter valor computacional, a “Prova de Participação” precisa de um tratamento que liberta a rede de grandes quantidades de requisitos energéticos. Em vez de receber recompensas pela mineração, os mineradores de ether adquirem recompensas proporcionais à transação que estão validando.
ResponderExcluirO contraste da Ethereum sobre a criação de novas moedas é notável, cada vez mais moedas se baseiam em sua arquitetura para criar uma solução com contratos inteligentes, sua implementação de proposito geral que faz com que cada vez mais iniciativas queiram fazer sua própria função da moeda, o que poderia se tornar o inicio da criação de uma unica moeda capaz de tudo, acaba se transformando em uma oportunidade para mais pessoas criarem outras moedas baseada na Ethereum que implementam aquela funcionalidade especifica. Essa funcionalidade e outras como o Proof of Stake é que fazem da Ethereum ainda uma das moedas mais faladas na atualidade.
ResponderExcluirUma dos pontos que me chamou a atenção sobre Ethereum é o fato dessa plataforma ser construída com uma linguagem Turing completa, uma vez que é uma aplicação prática (e bem popular) de um assunto que vemos na disciplina Informática Teórica. De uma forma resumida, o fato de a Ethereum possuir uma linguagem Turing Completa significa que é possível simular qualquer algoritmo de computador com os contratos inteligentes. Isso permite loops e torna o sistema suscetível ao problema da parada, quando você não pode determinar se o programa está sendo executado infinitamente. Para lidar com esse problema, a plataforma cobra taxas, que protegem a rede de ataques onde a existe a intenção de executar loops infinitos em transações.
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