Leitura:
Obfuscation in Bitcoin: Techniques and Politics
TumbleBit: An Untrusted Bitcoin-Compatible Anonymous Payment Hub
O QUE É A ZCASH? POR QUE FOI CRIADA?
Join Me on a Market for Anonymity
Anonymous Alone? Measuring Bitcoin’s Second-Generation Anonymization Techniques
Audiovisual:
TumbleBit by Ethan Heilman and Leen AlShenibr (Scaling Bitcoin Milan 2016)
Transparent scalable computational integrity - Eli Ben Sasson, Silicon Valley ethereum meetup
The Zcash anonymous cryptocurrency (33c3)
Milton Friedman, Land value tax and internet currencies
Tracto, a new type of Cryptocurrency
É curioso como as tentativas de promover o anonimato nas transações com criptomoedas se relacionam com as predições de Milton Friedman.
ResponderExcluirFriedman apontou justamente o anonimato que a Internet provê com um de seus pontos fortes, e como a criação de uma moeda eletrônica que utilizasse essa característica era só uma questão de tempo. Ele compara esse anonimato a um cenário em que uma pessoa passa uma nota de 20 dólares para a outra: fundos são transferidos de uma pessoa para a outra, mas não existe nenhum tipo de registro dessa transação, o que diminui a capacidade do governo de cobrar impostos.
Um governo que arrecada menos impostos consequentemente tem menos poder sobre sua população. Tal perspectiva é muito bem-vinda, dada a enorme carga tributária à qual a maior parte da população mundial está sujeita.
No Bitcoin, endereços envolvidos e valores de uma transação estão presentes na blockchain de forma pública para qualquer outro nó da rede ver e verificar se as informações são válidas. De primeira vista, os endereços não podem ser ligados ao usuário que os possui, porém, os pseudônimos acabam somente dificultando a identificação e existem técnicas que são utilizadas para ligar endereços à usuários físicos. A técnica de mandar o troco de uma transação para outro endereço utilizada no Bitcoin, dificulta ainda mais a identificação, mas assim como o pseudônimo não garante o real anonimato.
ResponderExcluirPara tentar resolver o problema de privacidade a comunidade desenvolveu vários mixers, que misturam transações de vários usuários de forma a diminuir a rastreabilidade. Logo um usuário que deseja utilizar um mixer precisa confiar que um terceiro(no caso, o mixer) vá realizar a transação desejada e que não irá manter informação de que possa identificar o usuário. Uma visita rápida a http://btcmixers.com/ mostra que grande parte dos mixers atuais não é confiável.
Existem algumas propostas que tentam resolver a questão de anonimato verdadeiro em uma blockchain como Zcash e Tumblebit, mas elas levantam a possibilidade de que um maior anonimato incentivaria o uso de criptomoedas para fins ilícitos.
Se existem crimes que envolvem grandes quantidades de dinheiro em moedas tradicionais, o que garante que criptomoedas de "conhecimento-zero" sejam usadas para o mesmo fim? Caso utilizem uma rede anônima como a Tor, não podendo ser rastreados, aqueles que desejassem realizar transações ilegais teriam a liberdade de realizá-las sem temer maiores consequências.
ResponderExcluirTomando o Brasil como referência, se hoje é difícil combater cybercrimes, o quão mais difícil seria combater transações ilegais tão protegidas?
Para querermos de fato uma moeda que ofereça transações realmente privadas, precisamos antes de tudo focar nas benesses que isso nos traz. Pois, se formos enxergar o cenário geral da capacidade humana para crimes e comportamentos a margem das leis da sociedade, desistiríamos.
ResponderExcluirComo Felipe falou acima, se com moedas tradicionais e controladas as pessoas cometem crimes por ai, imagine com uma moeda onde não sabemos nada sobre as partes envolvidas nas transações.
Yasmine Santos ycps
Várias empresas se beneficiariam caso as transações de Bitcoin fossem anônimas, pois acredito que fiquem com um pé atrás em utilizar bitcoin como uma das moedas aceitas, já que todo o histórico de transações pode ser rastreado através de várias ferramentas já criadas. Para isso foram criadas algumas ferramentas de mixagem de moedas, chamadas tumblers. O problema com esses tumblers é que eles centralizam a rede e precisam ser confiados para que as transações realmente aconteçam como planejado.
ResponderExcluirCom o intuito de anonimizar seus usuários e não precisar ser confiado, foi criado o protocolo tumblebit. Esse protocolo funciona como um tumbler porém garante aos seus usuários, através de vários protocolos, que esse tumbler não será, de forma alguma, malicioso. Ele também corrige alguns outros problemas comuns entre tumblers como DOS e Sybil attacks, porém ainda centraliza a rede.
Soluções como Zcash e Monero tentam manter a descentralização da rede e adicionar o anonimato, por isso, na minha opinião, essas redes são as mais cotadas a resolver o problema de escalabilidade e de rastreabilidade do Bitcoin.
Provas de conhecimento-zero podem servir como um complemento à blockchain regular, fornecendo uma alternativa segura e privada à certos tipos de transações. Apesar de não se adequar por completo à Bitcoin, visto que feriria os princípios desta rede, ainda possui uma aplicação específica.
ResponderExcluirAs repercussões éticas dessa técnica fazem parte de outra discussão, mas o que vale a pena mencionar é que moedas digitais estão caminhando cada vez mais à uma verdadeira entidade totalmente independente e livre.
Bastante interessante o Zcash e a prova de conhecimento zero em uma criptomoeda. O objetivo das provas de conhecimento zero é que se possa provar a identidade sem ter que revelar nenhuma informação nova. No Zcash isso é feito com a ferramenta criptográfica zk-SNARK. A ideia é que ele permite que você prove que realizou uma computação sobre algumas entradas sem revelar todas as entradas.
ResponderExcluirEssa estratégia está também sendo aplicada no Ethereum para suportar privacidade. Eles criaram um projeto de demonstração chamado baby ZoE (Zcach on Ethereum) no ano passado. O projeto permite retirar e depositar discretas quantidades de ether.
Fonte:
https://blog.ethereum.org/2017/01/19/update-integrating-zcash-ethereum/