sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Bitcoin como plataforma

Leitura:
"Chapter 9: Bitcoin as a Platform" do livro Draft textbook: Bitcoin and Cryptocurrency Technologies

Audiovisual:
Lecture 9 — Bitcoin as a Platform
Exponential Innovation - Hackers Congress

6 comentários:

  1. A implementação do Bitcoin possui certas propriedades que permitem que a blockchain seja utilizada para mais do que a troca da criptomoeda. Ela pode ser pensada como uma plataforma para diversos tipos de aplicações. Um dos exemplos é um sistema de timestamping seguro. O timestamping seguro serve para provar que um fato x era conhecido antes de um tempo t, de uma forma que x não precise ser revelada e que a prova não possa ser depois alterada. Esse conceito vem de muito antes dos computadores. Quando Robert Hooke descobriu a lei de Hooke e não quis publicá-la mas queria provar que tinha sido o primeiro a descobrir, ele publicou primeiro como um anagrama. Quando estava pronto para revelar ele então publicou a tradução. Com a criptografia moderna podemos usar funções de hashing para publicar um hash da informação de tal maneira que a informação não possa ser deduzida a partir do hash mas que no futuro quando a informação for publicada o hash pode ser verificado para comprovar que havia o conhecimento daquela informação. Um serviço de timestamping pode ser implementado por um terceiro mas há uma maneira de evitar a centralização, usando o blockchain. A primeira solução encontrada baseada no Bitcoin foi fazendo transações onde a chave pública era o hash da informação. Porém essa maneira não ficou muito bem vista pelo fato de criar UTXOs que nunca seriam gastos mas que ainda precisariam ser mantidos pelos mineradores. O CommitCoin foi pensado como uma solução pra isso, usando uma peculiaridade do algoritmo ECSDA para que não tenha que se destruir Bitcoins. O Bitcoin depois, em 2014, implementou o tipo de transação OP_RETURN. Os desenvolvedores não promovem o armazenamento de dados arbitrários na blockchain, mas esse comando cria outputs que podem depois ser ignorados, evitando a criação de outputs UTXO que ficariam para sempre sem ser gastos.
    A transação OP_RETURN então foi aproveitada por desenvolvedores que criaram protocolos para aproveitar a mineração que estava ocorrendo com o Bitcoin e possibilitar novas aplicações através dos metadados guardados na blockchain. Um deles é o sistema de "colored coins", como o implementado pelo OpenAssets. Ele permite a criação e transferência de praticamente qualquer tipo de ativo do mundo real (como ingressos para um jogo de beisebol, ou milhas de alguma companhia aérea). Outro exemplo de aplicação seria como um gerador de valores aleatórios público e descentralizado. É possível então fazer muita coisa com o Bitcoin, mas ele ainda tem certas limitações. Para construir certas aplicações é necessária repensar o design do Bitcoin e criar um Altcoin.

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  2. Secure timestamping é uma maneira de garantir que você possui uma informação em um tempo anterior ao tempo em que você revela a informação. Num exemplo da vida real, como, quando sob vigilância, escrever uma informação, selá-la em um envelope, e apenas abrir o envelope no momento da revelação. Secure timestamping, porém, não serve para provar clarividência, uma vez que é possível gerar diferentes previsões condizentes com um evento futuro, e revelar sempre apenas aquelas que se provaram corretas.
    De toda forma, timestamping é uma aplicação muito útil em diversos casos, e Bitcoin, como plataforma, é uma maneira de implementá-la. Através do envio de determinado valor (1 satoshi, preferencialmente) para a um hash de dados, você pode se comprometer com aquela informação com um timestamp, uma vez que o blockchain é cronológico, e mantém a ordem das transações. Essa implementação, porém pode ser mal vista pelo resto da rede (mineradores, em especial), o que pode levar a transação a fracassar, e o timestamp não ser bem sucedido. Outras implementações, com maior custo computacional, porém, solucionam o problema. O abuso dessa solução pode levar a algo indesejável e irremovível seja incluído na blockchain, porém.

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  3. A natureza pública da blockchain, juntamente com o espírito livre e descentralizado da comunidade do bitcoin levam inúmeras possibilidades do que se por alcançar com a criptomoeda.

    Podemos utilizar a blockchain para guardar dados em um local público com um timestamp verificável, o que pode significar a posse de um documento, a submissão de um artigo ou até mesmo o resultado de uma urna. Isso pode ser feito através de uma pequena transação (um satoshi, por exemplo) ou por outras tecnologias que usam o bitcoin como base, como o CommitCoin. Vale destacar que esta técnica de guardar dados na Blockchain traz a possibilidade do envenenamento da mesma, isto é, dados não desejáveis (ou até proibidos em certas partes do mundo) podem ser adicionados na Blockchain.

    Outra interessante possibilidade é a adição de metadados ao bitcoin. Ao se vincular um bitcoin específico a uma funcionalidade a criptomoeda deixa de ser apenas criptodinheiro, vira um ingresso, uma assinatura. Há também a idéia de se utilizar a blockchain na geração de valores aleatórios, isto é interessante pois é um modo realativamente confiável e descentralizado para obter-se aleatoriedade.

    Porém essas possibilidades são apenas uma pequena parte do que pode ser feito no futuro, até o histórico de transações de um bitcoin pode ser explorado. Idéias virão e serão importantes para dar poder e flexibilidade ao bitcoin.

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  4. Futuramente eu não tenho dúvidas a qual o bitcoins deve se tornar uma das maiores ou se não a maior forma de pagamento tendo em vista as suas inúmeras vantagens correlacionadas com a enorme praticidade em utilizar tal sistema de pagamento . Em alguns casos o nossa unidade monetária não consegue garantir a estabilidade e confiança a qual oferecem as criptomoedas devido a forma não controlável e clara a qual ela nos possibilita em seu uso. Infelizmente aqui no Brasil ainda é uma tecnologia nova que não é muito conhecida , restrita há poucos lugares .
    Uma prova disso é que se você olhar no site da coindesk http://www.coindesk.com/bitcoin-atm-map/ a quantidade de ATMs (lugares a qual se trocam dinheiro em espécie em bitcoins e vice-versa) que existem na américa do sul são apenas 3 , um na argentina, um no Brasil e um no Paraguai, enquanto há milhares espalhados pelos demais países mais ricos com por exemplo os países europeus, a China e os estados unidos nem se fala .
    Juntando toda a versatilidade dos bitcoins com o blockchain utilizando um registro completo, consistente , precisos e antes de tudo transparente das transações efetuadas, vejo que O único empecilho para se freiar esse crescimento das “moedas digitais” será o governo.

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  5. A partir deste capítulo, pudemos ver algumas aplicações realmente diferentes e importantes do Bitcoin. Em primeiro lugar, vimos que ele pode ser usado como um registro de append-only, onde você pode, não só colocar e armazenar informações, mas fazer isso de forma organizada, servindo como uma marca temporal segura de Bitcoin, que pode ser destinada a provar o conhecimento prévio de alguma idéia, por exemplo. Outro emprego do Bitcoin é como uma propriedade inteligente, quando vemos que a moeda não é fungível, ou seja, não pode ser substituída por outra, porque cada uma é única e tem uma história/informação diferente, servindo para algo como uma assinatura criptográfica ou um número de série para o dinheiro real. Podemos, ultimamente, ver a utilidade da criptomoeda como um guia de informações randômicas, por exemplo, em dados estatísticos de jogos de loteria ou em mercados de previsão.

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  6. O blockchain pode ser utilizado também para validação de identificação e certificação. Com isso, a implementação do Bitcoin tem algumas propriedades as quais permitem que a blockchain seja utilizada para mais do que a troca da criptomoeda. A criptomoeda pode ser pensada como uma plataforma para diversos tipos de aplicações. Um dos exemplos é um sistema de timestamping seguro. O timestamping seguro tem o objetivo de provar que um fato x era conhecido antes de um tempo t, de uma forma que x não precise ser revelada e que a prova não possa ser alterada.

    Secure timestamping é uma maneira de garantir que você possui uma informação em um tempo anterior ao tempo em que você revela a informação. Um serviço de timestamping pode ser implementado por um terceiro mas há uma maneira de evitar a centralização, usando o blockchain.

    Um exemplo na vida real, como, quando sob vigilância, escrever uma informação, selá-la em um envelope, e apenas abrir o envelope no momento da revelação. Secure timestamping, porém, não serve para provar prever o futuro, uma vez que é possível gerar diferentes previsões condizentes com um evento futuro, e revelar sempre apenas aquelas que se provaram corretas.

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