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Sidechain
Enabling Blockchain Innovations with Pegged Sidechains
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Bitcoin Sidechains
'Sidechains': Miracle Workers or Misplaced Satoshis?
SF Bitcoin Devs: Bringing New Elements to Bitcoin with Sidechains (Greg Maxwell)
SF Bitcoin Devs Seminar: Sidechains: Bringing New Elements to Bitcoin
O Bitcoin se apresentou como uma ótima novidade, visto a sua possibilidade promissora em permitir a transmissão de ativos que pudessem ser convertidos em outros itens. No entanto, um dos grandes problemas do protocolo Bitcoin era a sua capacidade em se adaptar a novas demandas e inovações. Três dos grandes problemas relacionados a isso eram o impasse existente entre escalabilidade e a descentralização da rede, impasse na adição de novas funcionalidades (impactando a eficiência) e dificuldades em trazer novas mudanças aos algoritmos nativos, dada a cautela de um processo como esse.
ResponderExcluirSurgiram então as Altchains, que foram propostas com o fim de solucionar os impasses gerados a medida que o Bitcoin ia se popularizando. No entanto, percebeu-se que isso aos poucos criaria problemas de isolamento e fragmentação.
As Sidechains propostas pelo Blockstream vieram então justamente com a intenção de promover a integração entre cadeias alternativas de modo a facilitar o envio desses ativos de uma determinada cadeia para um outro endereço específico, de forma que esses ativos ficassem fora do controle de qualquer usuário e as sidechains só passariam a ser desbloqueadas se fosse confirmado que elas não estariam sendo utilizadas em outro lugar. No entanto, uma das grandes dificuldades apresentadas foi a de saber como promover de fato a transferência segura de ativos entre as sidechains, ou seja, a cadeia remetente deveria identificar que os ativos da cadeia enviada fossem corretamente travados.
Com isso surgiram as Pegged Sidechains, que permitem que os bitcoins e outros registros ativos pudessem ser transferidos entre múltiplas blockchains. Algumas das propostas das peggeds sidechains foram as de que os ativos movidos entre sidechains deveriam ser recuperados unica e exclusivamente por algum dos proprietários, as transferências deveriam ser completas e não deveria haver dependência entre as sidechains, de modo que nenhum bug ou ação desonesta em alguma sidechain viesse a prejudicar alguma outra.
As Peggeds surgiram então como uma tentativa de expandir as funcionalidades do script padrão sem a necessidade de modificações no protocolo, beneficiando com maior flexibilidade e segurança. Existem portanto dois tipos de modelo de conexão de pegged sidechains que estudei: o de duas vias simétrico e duas vias assimétrico. No modelo simétrico, existe um processo de ida e volta de ativos, dada uma certa taxa pela transferência desses ativos. Nesse caso, as moedas de uma determinada cadeia para alguma sidechain são enviadas para uma saída na cadeia original inicial e só é desbloqueada por um processo de proof-of-work nessa sidechain, obedecendo a sincronização de acordo com os intervalos de confirmação e de disputa. No modelo assimétrico, são utilizados protocolos diferentes para as transações em cada uma das vias, de forma que os usuários da sidechain validem a cadeia original inicial. Nesse caso, as transferências entre a cadeira original inicial e a sidechain dispensam a utilização de proof-of-work, visto que os validadores conhecem o estado da cadeia inicial. Essa forma de pegging provê maior segurança, apesar de um aumento em sua complexidade.
Acredito que essas adaptações possam continuar tornando possíveis várias outras coisas interessantes na rede Bitcoin. A partir dessa perspectiva é possível observar as sidechains como uma espécie de arquitetura para construir aplicações descentralizadas e serviços para o Bitcoin que antes eram praticamente impossíveis. Claro que ainda existem algumas questões intrigantes, como dúvidas a respeito da segurança na rede, que tornam o tema ainda mais passível de estudo.
Inicialmente, a tecnologia usada em sidechains foi originalmente descrita em um white paper, escrito por vários dos fundadores da companhia Blockstream, com o objetivo de solucionar problemas de escalabilidade do Bitcoin, propondo redes ponto-a-ponto descentralizadas para facilitar a validação de operações sem ter que aumentar o tamanho do bloco, mas sem ter o problema de fragmentação de estrutura e falta de interoperabilidade apresentado em altchains.
ExcluirHa controversias tambem: os debates sobre o tamanho de bloco do Bitcoin te causado o questionamento sobre a capacidade do Bitcoin escalar. E a Blockstream, por possuir um relacionamento com o do Bitcoin Core através da contribuição de 5 de seus membros — Pieter Wuille, Jorge Timón, Gregory Maxwell, Mark Friedenbach, and Matt Corallo, é questionada sobre seu posicionamento em relação à mudança do tamanho de bloco. É indagado sobre as intenções de a Blockstream interferir no assunto por controlar o protocolo Bitcoin por meio do emprego de desenvolvedores do Bitcoin Core. Um dos desenvolvedores do Bitcoin, Mike Hearn, por outro lado, deixou o projeto por uma disputa envolvendo uma tentativa falha de aumento do tamanho de bloco, onde Hearn afirmava ser opor a Maxwell.
Gosto muito da ideia de ter side chains com features diferentes, me lembra um pouco o funcionalidade de branches nos repositórios do GitHub. E essa interoperabilidade é protegida com a garantia muito importante que um bug numa side chain não vai afetar as demais. Um usuário de uma blockchain poderia mais facilmente transferir uma parte dos seus recursos para uma blockchain com uma funcionalidade adicional, testar essa funcionalidade e decidir se quer permanecer lá ou se prefere voltar para a blockchain original. Ou se manter numa blockchain com as funcionalidades básicas e mover seu dinheiro para outras chains especializadas de acordo com suas necessidades. Se precisar de mais anonimidade para um conjunto de transações, move uma parte do seu dinheiro para uma chain mais parecida com o Zcash, se depois precisasse fazer um contrato inteligente poderia enviar moedas para blockchain parecida com o Ethereum. As moedas em que a comunidade precisa fazer uma decisão mas não tem muita unanimidade também poderiam se separar e funcionar com side chains. Uma possível desvantagem com essa abordagem é que talvez fossem criadas muitas side chains, e que as moedas não conseguissem reter muitos usuários. Também há uma vantagem, a novas moedas podem ser mais facilmente adotadas por serem integradas com outras blockchains.
Excluir"Sidechains" são um mecanismo que possibilita a criação de "novas criptomoedas" que funcionam "por cima" da blockchain do Bitcoin.
ResponderExcluirO Bitcoin, devido à sua natureza distribuída, é um sistema no qual inovações são difíceis de introduzir, uma vez que para tal, a maior parte dos usuários precisam concordar com a inovação proposta, e esse consenso pode ser difícil de conseguir devido à escala massiva em que opera o Bitcoin.
Considerando-se a dificuldade de consenso, a solução encontrada por muitos foi criar novas criptomoedas com as inovações desejadas. Todavia, como a segurança de uma blockchain depende de sua escala, é complicado fazer com que uma nova criptomoeda seja segura.
Sidechains estão inseridas nesse contexto como uma solução que traz "o melhor dos dois mundos": Enquanto uma sidechain permite a implementação de novas features, ela traz o benefício de não fragmentar a comunidade, por usar a blockchain do Bitcoin como seu "back-end".
Do ponto de vista da blockchain, a sidechain é simplesmente um endereço. Mas esse endereço tem a propriedade especial que bitcoins enviados para ele são convertidos em uma quantidade equivalente de moeda digital da sidechain em questão, que, então, podem ser aplicados nessa sidechain da forma permitida por ela.
Isso permite a construção de serviços com propriedades diferentes das do Bitcoin, mas ainda ligados à Blockchain original.
Para que esses serviços sejam seguros, o endereço da sidechain precisa garantir que esses bitcoins não podem ser tirados da sidechain até que seja comprovado que, na sidechain,foi dada permissão para mover aquela quantidade de bitcoins de volta para a sidechain do Bitcoin (mediante pagamento de uma quantidade equivalente da moeda da sidechain). Isso é o que se chama de "pegging", e é o que garante a ligação da sidechain com a blockchain original.
No geral, a ideia de Sidechains é interessante pois permite que a blockchain do Bitcoin sirva como um "back-end" para outros serviços com suas próprias propriedades sem fragmentar a base de usuários do Bitcoin.
O surgimento das Sidechains propõe “quebrar” a peça central da rede de consenso descentralizada: o Blockchain. Não no sentido de desestruturá-la, mas com o propósito de dividí-la em partes, onde as partes novas e menos centrais são as sidechains. Sidechains podem servir propósito específico, como por exemplo uma sidechain de micropagamentos, e podem apenas servir como uma blockchain local.
ResponderExcluirAs principais utilidades de sidechains são a implementação de novas funcionalidades. Uma dessas funcionalidades pode ser a ponte entre diferentes blockchains. Através de operações de transferência atômicas, elas devem ser capazes de manter integridade de ambas as blockchains ao longo de toda a execução da operação.
Sidechains podem ser identificadas como soluções de escalabilidade, mas isso só é verdade para o caso de certas tendências na rede. No pior caso, a presença de sidechains pode representar uma duplicação na quantidade de operações necessárias em uma transação.
Eu entendi que o sidechan é basicamente um blockchain que valida as informações contidas em outros blockchains. Ela basicamente foi feita para inserir funcionalidades sem modificar os scripts. De início muitas cadeias de altchains e que cada uma dessas cadeias eram extremamente independentes uma a outra , ou seja cada uma com sua própria moeda e com sua própria arquitetura, então é justamente essa a motivação para a criação do sidechains pois havia uma fragmentação no mercado das moedas digitais.
ResponderExcluirHá diversos problemas na escalabilidade dos bitcoins e o sidechans veio para tentar solucionar tais problemas porém existem alguns contras na sua utilização.
A adição de alguns sidechains ocasiona uma complexidade relativamente alta no que diz respeito ao blockchain, além de que há o risco de centralização uma vez que não seria impossível minerar diretamente em uma sidechan.