terça-feira, 24 de maio de 2016

Criptomoedas e Anonimato

Leitura:
NBFMG Chapter 6 seções 6.1, 6.2, 6.3, 6.4, 6.5
A Fistful of Bitcoins: Characterizing Payments Among Men with No Names
Zerocoin: Anonymous Distributed E-Cash from Bitcoin
CryptoNote v 2.0 (section 4)
Zerocash: Decentralized Anonymous Payments from Bitcoin

Audiovisual:
Milton Friedman Predicts Bitcoin In 1999 Anonymous e Cash
Matthew Green at New America Foundation 2014-02-11
Zerocash (Eli Ben-Sasson, April 2014)

8 comentários:

  1. É fato conhecido que o Bitcoin não traz um grau significativo de anonimidade para seus usuários e isso pode assustar muitos consumidores. Uma das opções para aumentar a proteção dos usuários foi proposta com o uso de "Confidential Transactions". Esse recurso foi apresentado pelos desenvolvedores do Blockstream, uma ferramenta para integrar sidechains ao Bitcoin e adicionar/modificar funcionalidades. A ideia geral é esconder os valores das transações, dessa forma rastrear um usuário se torna mais complicado, pois é difícil saber quem seria um usuário em potencial para ser atacado.

    Ao contrário de estrategias como o Zerocash e Zerocoin, "Confidential Transactions" não tem um alto grau de complexidade e devido as conexões providas por sidechains, é esperado que seja mais bem sucedido em integrar o Bitcoin.

    Fontes:
    [1] https://blockstream.com/
    [2] https://bitcoinmagazine.com/articles/bitcoin-privacy-confidential-transactions-feature-can-fix-some-of-coinjoin-s-problems-1457703275
    [3] https://www.youtube.com/watch?v=9pyVvq-vrrM&feature=youtu.be&t=35m5s

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  2. Na minha opinião a falta de anonimidade é algo que pode ser usado a favor da adoção do Bitcoin, mesmo que sua base principal de usuários não seja inclinada a isso. Digo isso porque um dos pontos que colocam como negativos em relação ao Bitcoin é o possível uso para lavagem de dinheiro, que no modelo atual pode ser rastreada pela blockchain. Não é uma tarefa simples, pois pode se usar várias wallets, mas para atingir um montante grande seriam necessárias muitas wallets criadas todas vez.

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  3. Eu havia pensado justo o que Pedro Queiroz citou. Inclusive a preocupação com práticas ilegais foi um tema bastante citado nos comentários das primeiras aulas. Mas claro, é evidente a necessidade de se garantir um maior grau de anonimato pois essa 'falha' pode representar perigo também, em menor ou maior grau, a pessoas que se utilizam do serviço de forma honesta. O "Confidential Transactions", citado por Victor, parece promissor.

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  4. Eu tinha me enganado em relação ao anonimato do bitcoin, no que na verdade é pseudoanonimato, relembrado por Ruy, ou seja, uma vez uma transação dentro da rede, ela pode ser rastreada mesmo após anos. De fato traz preocupações altamente relevantes com essa brecha que Satoshi não se preocupou quando criou o bitcoin. A integração de sidechains ao blockchain promovida pelos desenvolvedores da Blockstream, mencionado por Victor, tem de fato um potencial inovador que ataca esse problema eficientemente.

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  5. Percebe-se que no cenário de transações com criptomoedas, pular do pseudoanonimato pro anonimato pleno é um desafio não apenas tecnológico mas também ético pois as diferenças tecnológicas entre as atividades com valores morais antagônicos falham em existir. Esse dilema moral não é novidade e já aconteceu em problemas que relacionam anonimato e o mundo da internet. Por exemplo, na rede estadunidense de comunicação anônima chamada Tor algumas pessoas se aproveitam do anonimato online para exercer a sua liberdade de expressão mas também é usada por malfeitores para mandar comandos de crimes ciberneticos ou para compartilhar pornografia infantil. Eu acho que no fim das contas os crimes não deixarão de existir e será um desafio pras autoridades e que os benefícios superarão os prejuízos.

    Fonte: Bitcoin and Cryptocurrency Technologies by Arvind Narayanan, Joseph Bonneau, Edward Felten, Andrew Miller, Steven Goldfeder

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  6. Já desde sua concepção várias pessoas veem com suspeita o fato de Bitcoin providenciar o nível de anonimidade que ele dá, mesmo sabendo que ainda é possível identificar alguém por suas compras ou levando ela á realizar alguma transação. Mesmo assim especialistas dos videos disseram que não providencia o bastante, eu acho que é necessário ser identificável, mas isso não garante o que as pessoas pensam em relação à identificar transações ilegais. Transações de moeda fiduciarias ilegais, mesmo usando de bancos, cartões ou dinheiro de verdade, são extremamente difíceis de rastrear e identificar. Quando passamos para bitcoin, essas transações também serão feitas das maneiras mais trabalhadas para evitar sua identificação (laranjas, lavagem de dinheiro, etc), só sobrando para os usuários normais para serem identificados. Eu acredito que o aumento da identificabilidade das transações seria um movimento mais voltado a melhorar a visão do publico sobre o BTC de forma para não acabar com uma mancha como o Silk Road, mas não afetaria identificação de pessoas mal intencionadas que realmente estejam escondendo seus traços.

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  7. a falta de total providência de anonimidade traz ao novo usuário um certo medo de investir numa coisa pouco conhecida e que as pessoas possam saber que ele é.
    o fato de as transações serem recordadas num registro público, revelando endereço, destino, quantia, entre outras coisas (não diretamente,mas de uma forma que é possível descobrir), é desagradável.
    acho que (apesar da história dos bitcoins precisar ser pública), se uma pessoa não quiser ser rastreada (o que é possível apenas buscando endereços no Google), o bitcoin não oferece essa segurança.
    li a respeito dos serviço eWallet, que ajudam a aumentar o anonimato, porém eles não dão garantia nenhuma, isso é, um serviço eWallet pode simplesmente pegar todos os seus bitcoins e sumir (porém existem alguns confiáveis).
    uma das maneiras de melhorar o anonimato é enviar bitcoins de um serviço eWallet para outro e depois para si próprio.

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  8. Eu acho que a questão do anonimato do Bitcoin é um assunto bem delicado. As operadoras de cartões de crédito ou os bancos tem acesso a todos os detalhes de transações que as pessoas fazem e essas informações tem potencial pra ser usadas (e possivelmente são) por eles, seja pra montar o perfil da pessoa, seja pra vender pra empresas terceiras. Então eu acho que os próprios meios tradicionais de transações financeiras já tem essa brecha em relação ao anonimato, só que talvez não fique tão "visível" pros usuários.
    A grande diferença pro bitcoin é que, como o bitcoin é descentralizado e guarda uma grande "planilha" de transações, esses dados tornam-se públicos e podem ser acessados e usados por pessoas mal intencionadas pra rastrear transações de algum usuário alvo.
    Além de ser uma tecnologia recente, o que já faz muitas pessoas hesitarem de usar bitcoin, a questão do anonimato pode ser outro fato que deixem as pessoas com o pé atrás de utilizarem a criptomoeda. Vários artigos estão sendo publicados com estudos de técnicas capazes de permitir o real anonimato das transações do bitcoin e isso é um assunto muito comentado nos meios de discussão do assunto.
    Porém, na minha opinião, eu considero esse "pseudoanonimato" que torna difícil mas não impossível de se saber de onde e pra onde estão partindo as transações um ponto positivo que tende a diminuir o uso da tecnologia para crimes e transações ilícitas.

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