segunda-feira, 4 de abril de 2016

Bitcoin nos países em desenvolvimento (2016.1)

Leitura:
Why Bitcoin Will Thrive First in the Developing World
Bitcoin Might Be The Next Big Thing In The Remittance Market
The Bitcoin Market Potential Index

Audiovisual:
O Impacto do Bitcoin na Argentina [Documentário]
Wheelbarrow Hyperinflation, From Venezuela To The U.S
Bitcoin In Kenya - Documentary
Bitcoin and Digital Economy (Documentary)
Ulterior States [IamSatoshi Documentary]
Elizabeth Rossiello - Bitcoin, remittances and the developing world

16 comentários:

  1. Durante a matéria sobre o uso dos pagamentos via celular no Kenya foi mostrado que esse sistema ajudava as pessoas que precisavam de algum produto/serviço naquele momento mas não tinham como pagar à vista/em espécie. Surgiu então uma curiosidade: Já existe alguma forma de realizar pagamentos parcelados em bitcoin? E caso contrário, existe algum interesse em se desenvolver algo do tipo ou realmente vai de encontro com a ideia central das criptomoedas? (Nota-se que o sistema do bitcoin é calcado no que se tem naquele momento da transação e que pagamentos parcelados parecem ferir a questão de anonimidade do cliente. Por isso, surgiu a dúvida.)

    Se o bitcoin realmente deseja se tornar uma moeda central e que alcance todas as classes da sociedade talvez valesse a pena pensar em uma forma de se realizar esse tipo de transação, visto que, principalmente a população de países mais carentes/em desenvolvimento (ou não) dependem dessa flexibilidade.

    ResponderExcluir
  2. A venda de smartphones no mundo vem numa crescente muito grande, apesar dos problemas individuais na economia de cada país. Segundo a teleco [1], houve um crescimento de 44,4% de aparelhos fabricados no mundo. É fácil de deduzir que até em paises onde sua população perde o poder de compra devido a hiperinflação, o acesso ao mercado estrangeiro é uma rota mínima de fuga para a aquisição de novos acessórios tecnológicos.
    Como vimos nesta sessão, o acesso a tecnologia, combinado com a inflação exagerada, resulta na busca por moedas que se desvalorizam menos ou, se comparado com a moeda local, se valorizam. Foi mostrado dois países que apesar de sofrerem uma crise econômica, diferem muito em seu IDH [2], [3]. A mesma, é uma medida que recebe como entrada, a qualidade de vida, o nível educacional e a economia de cada país.
    Como é possível verificar no mapa em [3] o Quênia possui um IDH inferior ao da Argentina, e na imagem em [4] podemos verificar que o índice de educação do Quênia também é abaixo do índice da Argentina. Com o baixo índice de educação, a população pode ficar muito vulnerável a qualquer medida que seja oferecida como moeda de troca, onde no Quênia vimos a utilização do M-Pesa, que é uma moeda virtual, que segue a mesma filosofia das outras moedas, atraindo e de certa forma até engessando a entrada de outras moedas virtuais.

    [1] - http://www.teleco.com.br/Smartphone_mundo.asp
    [2] - http://www.dhnet.org.br/dados/idh/idh/idh_entenda_oqe.pdf
    [3] -https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_de_Desenvolvimento_Humano
    [4] - https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_de_educa%C3%A7%C3%A3o

    ResponderExcluir
  3. Ao ver a utilização de Bitcoin em países em desenvolvimento, ficou bastante claro o poder que este consegue oferecer para comunidades que sofrem com uma situação econômica instável ou que não tem acesso a bancos. Porém o caso do Kenya reforça o fato de que ainda há um grande problema para a veiculação do Bitcoin: A centralização dos meios de troca por terceiros.

    O bitcoin é uma ferramenta descentralizada em sua natureza, porém como ainda não é adotado na maior parte dos estabelecimentos, ainda é preciso fazer-se trocas constantes entre a moeda local e o Bitcoin. Em países desenvolvidos, onde o Bitcoin é uma ferramenta econômica adicional, é muito difícil controlar o acesso à moeda, mas em lugares onde ele se torna quase uma necessidade há grupos interessados em lucrar com isso. Dessa maneira o Bitcoin perde o seu maior potencial que é de que cada usuário seja o seu próprio banco, deixando os usuários nas mãos de organizações que controlam os meios de troca.

    Infelizmente esse problema é muito difícil de se resolver, já que não existe uma entidade que regula o uso do Bitcoin e os governos não estão interessados em interferir nesse tipo de situação. Como mencionado no documentário, talvez a única solução para essa situação seria a presença de competidores.

    Fonte:
    [1] http://tech-ish.com/2015/10/26/kenya-runs-on-m-pesa-thats-the-problem/

    ResponderExcluir
  4. Foi interessante ver os documentários mostrando as diferentes realidades em países onde a situação econômica está bem mais complicada que a nossa situação atual. São países que apresentam uma taxa de inflação absurda e uma forma que eles acham de contornar essa situação é trocando os valores que recebem na moeda local por bitcoin. Como o bitcoin está atrelado ao dólar, a desvalorização muito provavelmente será bem menor do que se mantivessem seus recursos na moeda local.

    Acredito que bitcoin só tem a trazer benefícios para estes países, afinal trata-se de uma moeda que não tem taxa de manutenção, não requer cheacegem de crédito e potencialmente pode aumentar seu valor ao longo do tempo, através da valorização da moeda.

    ResponderExcluir
  5. O Bitcoin realmente fornece mais vantagens a países em desenvolvimento que para desenvolvidos. O artigo da Wired traz alguns pontos interessantes sobre esse comparativo, e um particularmente interessante é o da transferência de dinheiro em áreas pobres em grandes distância.
    As pessoas de baixa renda não se sentem atraídas a enviar dinheiro por bancos pelas altas taxas de transferência e, assim, tem que se deslocar fisicamente para levar o dinheiro ao destinatário. O Bitcoin é uma ótima alternativa a isso.
    Outro ponto que vejo é o da estabilidade da criptomoeda relativa à da moeda local. O Bitcoin é ótimo como alternativa de moeda paralela em economias destruídas por políticas ruins.

    ResponderExcluir
  6. Não há como falar sobre economia e avanço de países em desenvolvimento sem envolver a Organização das Nações Unidas, principal organização internacional do mundo atual que tem como um de seus objetivos o avanço e melhoria da qualidade de vida de países em desenvolvimento.

    E como o bitcoin já tem provado ser uma ferramente muito poderosa sobre a economia internacional, a ONU está de olho nessa tecnologia e está procurando maneiras de usá-la para melhorar a situação social desses países.

    Recentemente, em fevereiro de 2016, o Instituto de Pesquisa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social (UNRISD) publicou um paper [1] intitulado "How Can Cryptocurrency and Blockchain Technology Play a Role in Building Social and Solidarity Finance?". Nele é discutido o potencial que a tecnologia de criptomoeda possui para facilitar: transações, inclusão financeira, estruturas cooperativas, criação de "cooperação em escala", entre outras coisas. Ele também aponta alguns pontos de conflitos e inquietação sobre a tecnologia, como o "solucionismo" e concervasionismo liberal apresentado por parte da comunidade que envolve o bitcoin.

    No geral, eu acredito que, como qualquer tecnologia invadora, criptomoedas podem trazer muitos beneficios a todos os países do mundo, principalmente aos em desenvolvimento. Desde que ela seja empregada de maneira controlada, racional e adaptável. Como o autor do paper apresentado acima fala, "One blockchain does not fit all.". A maneira que a tecnologia será empregada vai ter de ser adaptada de acordo com a maneira que as comunidades de diversos países decidirem incluí-la em seu dia-a-dia, já que é necessário manter em mente a dificuldade de se implantar uma mesma tecnologia em contextos culturais e políticos extremamente diversos.

    [1] http://www.unrisd.org/brett-scott

    ResponderExcluir
  7. Com os materiais visto na aula, foi observado alguma coisa interessante sobre a questão da inflação em países em desenvolvimento, as vezes um país necessita por qualquer motivo que seja desvalorizar sua moeda, como seria isso sobre o olhar do bitcoin? já que a mesma é uma moeda descentralizada.

    O problema também é que quando o país esta em desenvolvimento o governo tem muito poder sobre a população e colocar o bitcoin como a sua moeda padrão faria com que o governo tentasse regulamentar ela e colocar as mesma medidas que a moeda anterior.

    Outra coisa é que quando é utilizado o bitcoin a pessoa precisa da sua wallet, então um
    país em desenvolvimento sofre com um problema gravíssimo que é corrupção dos seus governantes, então ponha o caso que o governante roubou uma grande quantia colocou em sua wallet, foi descoberto mas disse que não vai devolver o dinheiro, e agora? existe alguma questões que devem ser colocadas em vista para adotar o bitcoin em países em desenvolvimento principalmente pelos seus problemas sociais.

    ResponderExcluir
  8. Pesquisando no Google sobre a data de publicação do artigo "The Bitcoin Market Potential Index", encontrei uma publicação com o ano de 2014. Dentro do artigo as referências mais recentes apontam também para 2014. Desta maneira pode-se pensar que nestes últimos dois anos não houveram tantas mudanças a ponto de alterar consideravelmente o ranking criado pelo autor. Porém vivemos uma situação de crise política e financeira no Brasil que influência diretamente as variáveis usadas pelo autor para elaboração do ranking. Desta forma, sabendo que os países subdesenvolvidos são os de maior potencial de adesão do Bitcoin e crises financeiras fazem parte do cálculo das projeções no ranking, me pergunto como estaria a posição do Brasil neste ranking atualmente.

    ResponderExcluir
  9. Pessoas de baixa renda, instabilidade econômica, inflação, moeda instável, são cenários conhecidos e favoráveis em que o bitcoin se mostra poderoso contra o estado e especulações sobre as moedas atuais, trazendo certa segurança para o usuário. Eu particularmente já conhecia algumas iniciativas para o público de baixa renda como Grameen Bank[1], mas ainda há burocracia e possívelmente algumas taxas sobre transações e atividades. O m-pesa por exemplo prova a sua utilidade essencial na vida de pessoas de baixa renda que precisam transferir e possuir uma conta bancária para ter uma vida economica ativa.
    [1] Grameen Bank - http://www.grameen.com/

    ResponderExcluir
  10. Uma das grandes vantagens do bitcoin é que, mesmo que um país esteja sofrendo de inflação muito alta, essa inflação não atinge o bitcoin, que continua com sua valorização, entregando segurança aos mineradores e usuários, que se prejudicam menos com a crise em seus países, principalmente nos países subdesenvolvidos, onde as taxas de inflação são muito grandes e o bitcoin surge como uma possível solução.
    Apesar de tudo, os governos desses países não têm muito controle sobre o bitcoin, e se ele se tornasse um meio da população escapar das taxas do governo, esse tentaria fiscalizar ou controlar o bitcoin.
    São duas grandes vantagens, a descentralização (onde cada pessoa é "um banco", por assim dizer) e a estabilidade (pois como o bitcoin está fortemente relacionado ao dólar, ele não desvaloriza facilmente), portanto torna-se uma opção melhor aos usuários em países em desenvolvimento, onde mesmo uma transação bancária teria muitos impostos embutidos, trazendo prejuízos constantes.

    ResponderExcluir
  11. Eu gostei da seleção de videos deste seminário devido à eles realçarem bem os problemas que o Bitcoin tenta resolver. No video sobre a implantação no Kenya do m-pesa, eles buscavam não precisarem de bancos e da facilidade de usar a moeda alem de coisas como poder receber e enviar sem precisar se movimentar ou ir a um caixa. O que falava da Argentina e da Venezuela realçavam o problema que uma moeda nacional ligada ao governo pode ter, e por que ter Bitcoin permitiria evitar esse tipo de problema, principalmente quando o governo, em ambos os casos, estava fazendo várias medidas restritivas como proibir a compra de dolar ou imprimir ainda mais dinheiro quando em crise. Na Grécia não falava tanto de uma crise aguda, mesmo que ela ainda esteja em Crise, mas falava da universalidade da moeda, podendo fazer compras em todos os lugares sem precisar de uma taxa de cambio, podendo vender internacionalmente entre outras coisas, outro bonus que o BTC possui.

    No final do video sobre btc na Grécia, uma coisa que o economista falou foi que "Bitcoin não poderá substituir a moeda fiduciária de um banco central.", mas no caso, não é exatamente isso que o m-pesa está fazendo? E não só isso, ela está tornando negócios internacionais? Com a influência da moeda crescendo do Kenya para Tanzania, Afeganistão, India, Africa do Sul e România, ela está passando a se tornar uma moeda digital que é usada através de vários países.

    ResponderExcluir
  12. https://www.youtube.com/watch?v=yKFaUuXK7gc

    O vídeo mostra um ponto interessante sobre bitcoin em países em desenvolvimento/pobres. Nesses países a emigração ocorre com certa frequência e essas pessoas geralmente saem à procura de oportunidades. Elas têm então a necessidade de mandar dinheiro a seus familiares que ficaram em seu país de origem e o envio desse dinheiro por meios convencionais gera uma quantidade absurda de imposto, já com o bitcoin isso não ocorre.

    ResponderExcluir
  13. Um dos pontos mais importantes sobre o impacto do bitcoin nos paises em desenvolvimento é algo que nós já vinhamos percebendo em outras aulas, que é a possibilidade de poder "guardar" o valor de seu salário/renda sem ter que sofrer com as taxas de inflações de hoje em dia.

    Uma coisa que me chamou bastante atenção foi o serviço de transferência monetária chamado Mpesa mostrado no vídeo sobre o Kenya. Temos uma tendência a achar que grandes revoluções tecnológicas só podem começar em países de primeiro mundo mas eu fiquei feliz em saber que um lugar como o Kenya é capaz de introduzir um sistema desses que de certo modo é sim revolucionário e a aceitação do público lá é a maior prova disto.

    Email do cin: wasa@cin.ufpe.br

    ResponderExcluir
  14. O uso do bitcoin em países como a Argentina e Kenya para fugir de um sistema centralizado e de limitações atreladas aos meios financeiros atuais teve uma grande importância nos últimos anos, uma esperança. Apesar do bitcoin ser uma moeda "aberta", ela não é perfeita e não vai funcionar sem que as pessoas do meio em que ela será inserida compreendam minimamente como ela funciona.

    The Western Myth of Bitcoin in Kenya: http://motherboard.vice.com/read/the-western-myth-of-bitcoin-in-kenya

    ResponderExcluir
  15. Vimos que pessoas em países em desenvolvimento têm recorrido aos serviços bancários via rede de telefonia móvel para fazer frente às necessidades financeiras, utilizando o sistema fechado de pagamentos por celular.

    Bitcoin também tem o potencial de melhorar a qualidade de vida dos mais pobres no mundo. Aumentar o acesso a serviços financeiros básicos é uma técnica antipobreza promissora.

    E faz sentido o bitcoin crescer em paises em desenvolvimento. Pois parece que está mais fácil ter telefones celulares, do que contas bancárias.

    ResponderExcluir
  16. Quem aqui já tentou receber dinheiro do exterior sabe a burocracia que é. Eu não falo nem das taxas, mas da dificuldade mesmo. São inúmeras complicações com bancos(daqui e de lá).
    O país não precisar estar num estado de crise crítica como a Argentina e a Venezuela para se beneficiar de bitcoin. Qualquer país de terceiro mundo acaba colocando muitas restrições duvidosas na população. Bitcoin acaba sendo uma ótima alternativa para contornar essas limitações.

    ResponderExcluir