Leitura:
"Chapter 1: Introduction to Cryptography & Cryptocurrencies" do livro Draft textbook: Bitcoin and Cryptocurrency Technologies
Audiovisual:
Lecture 1 — Intro to Crypto and Cryptocurrencies
Documentary: The Bitcoin Gospel (VPRO Backlight)
Na última aula, pude aprender um pouco mais a respeito dos trabalhos de criptografia que existem no cenário emergente de Bitcoins, com o fim de manter a perfeita segurança dos dados e anonimidade dos usuários envolvidos. Há de fato uma preocupação enorme na verificação das informações relativas aos usuários que utilizam o sistema de bitcoins, além da necessidade enorme de que as tecnologias envolvidas possam fortalecer e manter o ambiente como todo ainda robusto.
ResponderExcluirPara tais requisitos, pudemos aprender um pouco a respeito das funções de verificação (hash) que mapeiam e apontam determinadas chaves, usadas no processo de encriptação das informações de transações realizadas. Há portanto, um esforço por parte de grupos de usuários em ‘minerar’ os dados, onde a participação desses membros são úteis na validação e resolução das transações realizadas, trazendo para eles um certo retorno financeiro, apesar de certo esforço computacional despendido, que é previamente levado em consideração.
Aprendemos também sobre as estruturas de dados que envolvem esse grande sistema, tais como hash pointers, listas encadeadas usadas na criptografia dos dados e mensagens, histórico desses apontadores (Árvore de Merkle), além de vermos bastante detalhes sobre como os algoritmos processam os dados.
Observamos também conceitos em cima das assinaturas digitais, bem como funções de verificação das mesmas e o padrão de geração dessas assinaturas (ECDSA).
O tópico que mais gostei foi o de criptoocorrências, onde aprendemos sobre a GoofyCoin e a ScroogeCoin. Pelo que entendi, a GoofyCoin possui duas regras básicas: (i) um Goofy pode criar novas moedas pra quem quer que ele queira e essas pertenceram a ele; (ii) quem possui uma moeda pode transferir para qualquer outra pessoa. A ScroogeCoin é um aprimoramento da GoofyCoin, só que possui maior complexidade em termos de estruturas de dados. Nesse último caso, existem duas regras básicas: (i) é possível criar moedas, como nas operaçãoes de Goofy, mas agora podendo criar múltiplas moedas em uma só transação. (ii) consumir moedas, destruindo-as e criar novas moedas, no mesmo valor total.
Apesar dos problemas de descentralização envolvidos, essas pesquisas realizadas sob a perspectiva de um ambiente efetivamente seguro é, pra mim, bastante promissora.
Bitcoin não é a única moeda digital que existe. Mas é definitivamente a mais importante no momento. E isso não se dá apenas por causa de sua arquitetura descentralizada, o fato de ter sido a primeira com essa característica, ou sua confiável criptografia. O motivo do sucesso do Bitcoin é, na verdade, a união de todos esses três fatores somado à aversão da sociedade ao sistema monetário dominante. O valor de qualquer moeda está fortemente ligado à credibilidade que lhe é dada. Uma moeda que é utilizada por apenas uma pessoa tem valor nulo. E o Bitcoin se destaca de outras moedas virtuais por, graças a sua arquitetura e criptografias serem, até o presente momento, livre de falhas, ter tido uma aceitação sem precedentes por aqueles que o descobriram. A ampla utilização dessa moeda virtual não se compara à de nenhuma outra, e a tendência é a manutenção desse paradigma, excetuando-se a ocorrência de certo tipo de inovação tecnológica, por isso o fato de ter sido a primeira com suas características foi essencial.
ResponderExcluirA arquitetura do Bitcoin é completamente descentralizada, não havendo mediação nas transações com a moeda. Essa arquitetura é a solução para o problema de falta de confiabilidade de um órgão, já que o mesmo é extraído do sistema monetário. Agora não existe mais a necessidade de um banco como portador da fé pública para que a ocorrência ou não de transações não seja motivo de dúvida. Uma arquitetura descentralizada resolve problemas como duplo gasto através de uma criptografia estatisticamente segura. Atualizações do conjunto de transações (histórico) são feitas de maneira cíclica na base de dados distribuída chamada Blockchain. A criptografia do Blockchain é o que garante a sua integridade, quando aliada a sua arquitetura também distribuída.
A evolução das criptomoedas tem ainda mais a ver com a evolução tecnológica do que se imagina. A quebra de alguns paradigmas comuns aos sistemas monetários bem-sucedidos de toda a história se deu através de inovação tecnológica. E o mesmo deve permanecer verdade. Apesar de possuir um sistema com múltiplas vezes menos governança que o sistema monetário dominante atual, ainda existe espaço para mais inovação tecnológica na área de criptomoedas, uma vez que mesmo o Bitcoin ainda não conseguiu livrar completamente suas transações de taxação.
Após assistir o documetário (Documentary: The Bitcoin Gospel (VPRO Backlight), teve um trecho que me chamou a atenção onde o Roger Ver está apresentando uma palestra sobre o Bitcoin no Japão e mostra a diversas pessoas na sala como funciona fazendo uma transação com eles, este tipo de "pregação" é importante que seja feito no máximo de lugares possíveis para que as pessoas conheçam. É notório a crença dele na tecnologia e isto faz com que as pessoas se interessem pela moeda. Sem essa "pregação" não será possível fazer com que eles cresçam. Gostaria que apaixonados que trabalham com o Bitcoin, assim como o Roger, trouxessem essas palestras para cá também, pois acredito que diante de nossa crise financeira atual haveriam muitos possíveis investidores que usariam o Bitcoin e fomentaria nosso crescimento em conjunto.
ResponderExcluirAtualmente é praticamente impossível aderir ao processo de mineração devido ao alto culto para a mineração do bitcoin. A alternativa para expandir o seu uso por meio da popularização de seu consumo por pessoas comuns não é uma solução por definição boa mas sim a possivel criação de uma instabilidade econômica causada pelo bitcoin.
ResponderExcluirA instabilidade do bitcoin em relação ao seu preço no mercado também traz insegurança para as pessoas. E existem dois falhas que eu pesquisei na internet sobre o bitcoin. A primeira é a deflação do bitcoin pois a oferta máxima da moeda é fixada em 21 milhões de bitcoins e aproximadamente a metade deles já foi "cunhada" num período de tempo em que um número extremamente pequeno de transações em bens e serviços são denominadas em bitcoins. E o segundo problema é a divisão entre dois grupos de pessoas: a "aristocracia bitcoin" e os "pobres de bitcoin".
A "aristocracia bitcoin" é aquela que chegou cedo tanto na mineração quanto na compra do bitcoin e vivem de especulação. Os "pobres de bitcoin" são os que chegaram tarde e que devem comprar bitcoin a preços em dolares e euros acrescidos. E com isso, a economia do bitcoin vai ser baseada entre especuladores e utilizadores, respectivamente. Esse problema, cuja amplitude e profundidade é crescente, vai criar ao longo do tempo uma instabilidade potencial no universo bitcoin.
Um artigos que fala sobre isso:
http://www.diarioliberdade.org/mundo/laboral-economia/44106-a-bitcoin-e-a-perigosa-fantasia-da-moeda-apol%C3%ADtica.html
PS: O site em si, não achei de confiança mas, o assunto levantado dentro do artigo acima é bem interessante.
É importante conciliarmos a forma como nós gastamos nosso dinheiro e também o quanto ele é tão protegido e que não seja tão sucetível a ataques por terceiro. Acho extremamente necessário investir em segurança e em criptografia digital porque a previsão é que daqui a alguns anos em um futuro não muito distante concerteza consígamos ter o advento do bitcoin como uma ferramenta primordial e indispensável dentro da sociedade. Existem exemplos a qual nós ( a sociedade em sí) introduziu que melhoraram significantemente a qualidade de vida dos indivíduos , ou seja a tecnologia em sí é um divisor de águas entre oque é arcaico e oque é novo, oque é ultrapassado e oque é atual. E todas essas tecnologias devem passar primordialmente segurança , ainda mais se ela estiver relacionado com as finanças seja de um único indivíduos ou até mesmo quem sabe futuramente de um país inteiro.
ResponderExcluirNos documentários apresentados pudemos ver um pouco sobre os fundamentos criptográficos que sustentam o conceito de criptomoeda, e em especial o Bitcoin.
ResponderExcluirEu creio que o mais interessante do conceito de criptomoeda, do ponto de vista de disrupção financeira, é a ideia de que *qualquer pessoa* que possa executar um determinado algoritmo possa verificar a validade de transações (como garantido pelos princípios do hashing apresentados). Embora isso pareça algo simples, até mesmo trivial, torna-se chocante quando percebemos que todo o negócio dos bancos está fundamentado em eles serem entidades operadoras (e garantidoras) de transações. Quando esse pequeno detalhe é levado em consideração, creio que isso gere um momento revelador sobre o poder transformador que um simples algoritmo pode ter (e talvez mesmo sobre a fragilidade de nosso papel enquanto humanos em um mundo cada vez mais dominado por tecnologia...)
Já pelo ponto de vista de segurança, é interessante notar a profundidade da descentralização atingida. Todos os processos que normalmente são controlados por entidades bancárias são realizados por consenso descentralizado. Isso me faz pensar que o Bitcoin seria uma plataforma que até mesmo 'pensa pequeno' (parece meio absurdo falar de pensar pequeno quando temos uma proposta tão imensa quanto substituir todo o sistema financeiro mundial, mas neste caso faz sentido), pois através dos métodos propostos existe uma infinidade de tarefas que poderiam ser descentralizadas. Pesquisando um pouco, é até mesmo possível encontrar projetos que propõem usar criptografia para descentralizar todo tipo de sistema, tais como, por exemplo, o Ethereum (https://www.ethereum.org/)
Finalmente, gostaria de acrescentar um adendo sobre a atual dificuldade de minerar bitcoins:
Pelo que vi em pesquisas pessoais, nos últimos anos as tecnologias utilizadas pelos mineradores tornaram-se cada vez mais especializadas: Começando em computadores pessoais, a mineração passou a ser realizada em GPUs programadas para esse fim (utilizando tecnologidas GPGPU como CUDA), para depois passar para FPGAs, e atualmente estão havendo esforços no sentido de minerar usando ASICs (Circuitos Integrados de Aplicação Específica - chips criados com o objetivo único de minerar bitcoins da forma mais eficiente possível!)
Daí creio que seja possível perceber o quão difícil é para uma pessoa comum, atualmente, entrar no "negócio" da mineração de bitcoins. E a dificuldade da mineração só tende a aumentar... Isso pode eventualmente causar um problema em que a mineração de bitcoins seja controlada por uma pequena quantidade de empresas especializadas nessa atividade. Acredito que isso seja uma possibilidade um pouco preocupante para o futuro do Bitcoin.
Do material eu achei mais interessante o documentário do VPRO Backlight por causa das questões sociais abordadas. O Bitcoin é mostrado muitas vezes pelos evangelistas do Bitcoin como uma alternativa mais democrática para o sistema financeiro atual, porém no Bitcoin ainda há concentrações de "renda" e de poder numa certa elite que são os mineradores e os "early adopters" que lucraram com a especulação dos bitcoins. Muitas vezes são eles o que fazem a publicidade do bitcoin, e de forma um tanto que radical. Algo que foi mencionada no documentário é que a criptomoeda não está livre de problemas, mas é útil por ser uma alternativa e ter alternativas é necessário. Até dentro do mundo das criptomoedas houve bastante espaço para variações criativas e inovadoras (Altcoins).
ResponderExcluirIan,
ExcluirSeu nome aparece no comentário como "Ian M". Faça as devidas modificações para que apareça seu nome completo.
Resolvido!
ResponderExcluir